Uma Flor sem Tempo. Projecto Downtown Palmela. A Atenção dos Outros

 Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:

 

- Projecto Downtown Palmela

“De todos os cantos do Mundo têm chegado voluntários para participarem no projecto Downtown Palmela, que visa a reflorestação da encosta do castelo, na zona que foi devastada pelo incêndio de 13 de Julho passado. André Amaro e Maarten Bas são os impulsionadores deste programa e donos da Quinta da Azenha, que contempla 14 hectares de propriedade. Estão, desde Outubro, a trabalhar para devolver os tons de verde às zonas mais afectadas pelo sinistro.”

De o Jornal O Setubalense

 

- A Atenção dos Outros, a Atenção aos Outros

Vivemos num mundo nunca antes tão povoado. Vivemos num mundo nunca antes tão conhecido, tão explorado e tão acessível. Vivemos num mundo em que a comunicação, está presente em qualquer lugar e a qualquer momento, em que o que se passa, está instantaneamente ao nosso dispor, com detalhes e a cores. Vivemos num mundo em que a tecnologia está continuamente a superar-se, e a dar-nos meios e modos de fazer, de conhecer, de produzir mais e melhor.

João Coelho

 

- Uma Flor sem Tempo

Se as telenovelas portuguesas têm algum mérito (já que as histórias e os argumentos são tão pobres) é repescar de vez em quando canções que ficaram perdidas no tempo. Canções que as rádios não passam, o que, infelizmente, não é novidade. Esta Segunda-feira, dia 30 de Janeiro, estreia uma telenovela na SIC, de seu nome 'Flor sem Tempo', que em boa hora vai buscar uma das canções mais bonitas da música portuguesa, 'Flor sem Tempo, interpretada por Paulo de Carvalho…

José Alex Gandum

 

- Na Espuma dos Dias – Ana Férias - Para além do Tempo e do Espaço

Ocorre-nos pensar na fotografia de Ana Férias como uma arte que está para além do Tempo e do Espaço. Há muito que a artista nos surpreende com a sua admirável técnica e com a subjacente capacidade de revolucionar estéticas e antecipar significados, elevando as suas fotografias à categoria de objectos de reflexão filosófica.

Salvador Peres

 

- Escrito nos Livros – Agostinho da SilvaDispersos

Como reflexão sensata sobre o nosso papel neste mundo e sobre a responsabilidade que diariamente nos impele para a vida, respondeu um mestre do nosso tempo, Agostinho da Silva, com estas acertadas e poéticas palavras.

Josete Perdigão

 

- Palavras que não mudaram o mundo – A Indiferença ao Outro mata

Somos todos seres inteligentes, razoavelmente cultos e com um evoluído conhecimento científico. Sabemos a resposta a muitos dos problemas que nos afligem, a nós e a este desventurado mundo em que habitamos.

João Coelho

 

- A música que se ouve por cá – Patrícia Barber e Gabriel Fauré

Alexandre Murtinheira traz-nos duas sugestões musicais diferenciadas.

Light my fire, com Patrícia Barber, composição que se tornou um dos temas mais conhecidos e tocados do mundo, da autoria do guitarrista dos The Doors, Robby Krieger e Cantique de Jean Racine, op.11, de Gabriel Fauré. O texto pertence ao poeta francês Jean Racine. 

A escolha de Alexandre Murtinheira.

Salvador Peres

 

- Na minha cidade há um Rio – Cais da Lota

O Rio que se insinua, suave e subtil, por dentro da Doca dos Pescadores, num enquadramento perfeito: a moldura do insinuante istmo de Troia e a colina verdejante que vai subindo até aos píncaros da Serra-Mãe.

Salvador Peres

************************************************


Projecto Downtown Palmela

“De todos os cantos do Mundo têm chegado voluntários para participarem no projecto Downtown Palmela, que visa a reflorestação da encosta do castelo, na zona que foi devastada pelo incêndio de 13 de Julho passado.

André Amaro e Maarten Bas são os impulsionadores deste programa e donos da Quinta da Azenha, que contempla 14 hectares de propriedade. Estão, desde Outubro, a trabalhar para devolver os tons de verde às zonas mais afectadas pelo sinistro.

O caminho para chegar ao destino é distante para muitos dos voluntários, oriundos dos Estados Unidos da América, da Argentina, da Alemanha, da Inglaterra e dos Países Baixos. Descobrem esta acção pela pesquisa feita através da plataforma “Workaway”, embora a iniciativa conte também com pessoas do concelho, que aos fins-de-semana se dedicam a esta operação. Alguns já participam desde o início.

Os voluntários, em conjunto com toda a equipa do projecto que trabalha nos terrenos localizados na Baixa de Palmela, estão a desenvolver pequenos ecossistemas em volta de valas escavadas outrora, por força da existência de uma antiga fábrica de barro local, já extinta. Ao longo dos sábados e domingos de trabalho – tempo médio necessário e estimado para a realização desta tarefa sem fim à vista – as saídas das valas são tapadas com pedras e argila, de modo a conter a água das futuras chuvas. O objectivo, a médio prazo, passa por criar uma lagoa com água suficiente para alimentar toda a flora ali plantada.

“Pelo facto do terreno ser íngreme, a água proveniente da precipitação acaba por escorrer e não permanecer na encosta para alimentar o solo. A criação destas pequenas ‘barragens’ vai permitir que a água seja retida e que plantas e árvores com mais necessidade de humidade possam crescer ali à volta”, explicou a O SETUBALENSE Joaquim Espadas, um autodidacta na área da agricultura e do processo da natureza, que está no projecto de reflorestação desde o início.

Josh Davis veio de Inglaterra há cerca de um mês. Sublinha que esta acção é de extrema importância e que “mais pessoas deviam participar”. “Foi uma desgraça o que aqui aconteceu, mas nós precisamos de preservar o ambiente ao nosso redor e aqui há pouca aderência da água por não haver árvores. Existe muita erosão e temos de agir agora, antes que fique pior”, faz notar. Terá que regressar ao seu país, à semelhança do que acontece com os restantes voluntários, que vão, mas prometem voltar.

Mais de 50 mil espécies foram plantadas ao longo destes quatro meses, ao abrigo do projecto de André Amaro e Maarten Bas, num investimento que ronda os 40 mil euros. Toda a iniciativa está a ser desenvolvida dentro dos trâmites legais, tendo em conta que, apesar de ser propriedade privada, está localizada no interior do Parque Natural da Arrábida, com a gestão a ser da competência do ICNF. Também a coordenação com especialistas da área tem sido feita, no sentido de se realizar uma avaliação cuidada de todo o terreno, no que concerne às espécies autóctones.

Esta acção de reflorestação da encosta do castelo está aberta à participação de todos.”

 

Notícia do jornal “O Setubalense”

https://osetubalense.com/sociedade/2023/01/24/voluntarios-chegam-de-todo-o-mundo-para-ajudarem-a-reflorestacao-da-encosta-do-castelo/


 *******************************************



A Atenção dos Outros, 
a Atenção aos Outros

Vivemos num mundo nunca antes tão povoado. Vivemos num mundo nunca antes tão conhecido, tão explorado e tão acessível. Vivemos num mundo em que a comunicação, está presente em qualquer lugar e a qualquer momento, em que o que se passa, está instantaneamente ao nosso dispor, com detalhes e a cores. Vivemos num mundo em que a tecnologia está continuamente a superar-se, e a dar-nos meios e modos de fazer, de conhecer, de produzir mais e melhor. Vivemos num mundo, em que conhecemos pessoas como nunca antes fora possível conhecer, que nos permite aceder aos sítios e actividades que nos encantam, e aos lugares da história que nos deslumbram. Vivemos num mundo onde, de forma assustadoramente fácil, podemos encontrar quase sempre a resposta para as nossas ignorâncias ou dúvidas, científicas ou outras. Vivemos hoje, indubitavelmente, num mundo tão diferente, dos mundos do passado, mas, apesar de tudo, estranhamente, tão igual.


Ontem, como hoje, a atenção dos Outros e a Atenção aos Outros continua a ser o cerne mas também o calcanhar de Aquiles do nosso mundo, mesmo que relativizando, apenas para o nosso pequeno mundo individual. E hoje, mais que no passado, com mais impacto no nosso bem-estar, físico e emocional. As redes sociais trouxeram uma proximidade e um alargamento de pessoas ao nosso mundo. É extraordinário, sentimos que estão presentes nas nossas vidas, que as acompanhamos e nos acompanham, que partilham connosco, e isso é muito positivo para a nossa felicidade, porque somos, com raras excepções, seres relacionais. Mas corremos alguns riscos, e potenciais desequilíbrios, porque podemos criar uma excessiva dependência da atenção dos Outros, e na necessidade de dar atenção aos Outros, para sentirmos que existimos e vivemos. E com um desafio gigantesco de tornar, ou manter as nossas vidas, repletas de acontecimentos para partilhar, tornando-as permanentemente significantes. E, com isso, abdicamos do recato, da privacidade, do profiláctico silêncio e isolamento, e até da reflexão. Onde estará o ponto de equilíbrio, e como será possível encontrá-lo? Seguramente cada um terá o seu, e a sua forma pessoal de o encontrar, mas não é uma tarefa fácil!

João Coelho

*****************************************


Uma Flor sem Tempo

Se as telenovelas portuguesas têm algum mérito (já que as histórias e os argumentos são tão pobres) é repescar de vez em quando canções que ficaram perdidas no tempo. Canções que as rádios não passam, o que, infelizmente, não é novidade. 

Esta Segunda-feira, dia 30 de Janeiro, estreia uma telenovela na SIC, de seu nome 'Flor sem Tempo', que em boa hora vai buscar uma das canções mais bonitas da música portuguesa, 'Flor sem Tempo, interpretada por Paulo de Carvalho, e que foi concorrente ao Festival RTP da Canção no longínquo ano de 1971. A canção ficou no 2º lugar, e este foi também o ano do intemporal 'Cavalo à Solta' (3º lugar) de Fernando Tordo. O Festival deste ano foi ganho pela Tonicha, com 'Menina', cuja letra era de Ary dos Santos.

Na referida telenovela, 'Flor sem Tempo' parece que é interpretada por uma jovem actriz. Os mais novos talvez já tivessem ouvido a canção pela voz de Agir, filho de Paulo de Carvalho. Seria bom que ouvissem também a versão original. 

https://www.youtube.com/watch?v=PNCOjDgXl0M - 'Flor sem Tempo' - José Calvário (música), José A. Sottomayor (letra) e Paulo de Carvalho (interpretação)

********************************************


Na Espuma dos Dias

Ana Férias - 

Para além do Tempo e do Espaço


Fotografia sem título, 2023.

Ocorre-nos pensar na fotografia de Ana Férias como uma arte que está para além do Tempo e do Espaço. Há muito que a artista nos surpreende com a sua admirável técnica e com a subjacente capacidade de revolucionar estéticas e antecipar significados, elevando as suas fotografias à categoria de objectos de reflexão filosófica.


Ana Férias nasceu na cidade de Setúbal, Portugal. Actualmente, trabalha e vive em Setúbal.

É licenciada em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design, Caldas da Rainha.
Desde 2003 que participa em exposições colectivas e individuais.

É membro do Synapsis.

Salvador Peres

****************************************


Escrito nos Livros

Agostinho da Silva – Dispersos

Como reflexão sensata sobre o nosso papel neste mundo e sobre a responsabilidade que diariamente nos impele para a vida, respondeu um mestre do nosso tempo, Agostinho da Silva, com estas acertadas e poéticas palavras. 





"O importante, disse-o um dia a alguém que me pedia conselho, é ser-se o que se é e tornar-se contagioso. A primeira responsabilidade que nos assiste é saber o que se é: continuo convencido de que todos nós nascemos com uma partitura na cabeça. Depois, tantas vezes, ou porque nos faltou mestre de música, ou porque não encontramos piano à mão, vamos-nos entretendo a tocar coisas que não são da nossa partitura. Há então que fazer o esforço, individual ou colectivo, de achar o mestre e o piano que a partitura exige. Conseguido isso, devemos tornar-nos contagiosos."

Agostinho da Silva, in 𝘋𝘪𝘴𝘱𝘦𝘳𝘴𝘰𝘴 

A escolha de Josete Perdigão

***************************************

Palavras que não mudaram o mundo


A Indiferença ao Outro mata

Somos todos seres inteligentes, razoavelmente cultos e com um evoluído conhecimento científico. Sabemos a resposta a muitos dos problemas que nos afligem, a nós e a este desventurado mundo em que habitamos. Sabemos também que a indiferença, o que se passa com o Outro, que não somos nós ou a nossa família, é um dos nossos maiores problemas cujas consequências podem destruir ou ferir gravemente. O Outro que é vizinho e mora no apartamento ao lado, mas que nem sequer cumprimentamos no elevador, o Outro que vai no transporte público e é molestado enquanto viramos a cara para o lado, ou o Outro que jaz no chão prostado numa esquina. Mas não nos incomodamos! E quando formos nós esse Outro?

João Coelho

*****************************************

A música que se ouve por cá

Patrícia Barber e Gabriel Fauré

Alexandre Murtinheira traz-nos duas sugestões musicais diferenciadas.



Uma abordagem de Patrícia Barber ao tema Light my fire, uma composição da banda norte-americana The Doors gravado em Setembro de 1966 e editada em Janeiro de 1967. Light my fire atingiu o primeiro lugar na tabela de singles da Billboard em 1967. A canção, que se tornou um dos temas mais conhecidos e tocados do mundo, é da autoria do guitarrista Robby Krieger.

Álbum de Patricia Barber "Modern cool"

Light my fire

https://youtu.be/-6NqH2g0CPk



E o Cantique de Jean Racine, op.11, um tema do compositor, organista e pianista francês Gabriel Fauré. A obra, célebre entre coros de todo o mundo, pertence a um período de juventude. Foi escrita aos dezanove anos, no final dos seus estudos na École Niedermeyer, e foi distinguida com o primeiro prémio atribuído pela instituição. O texto pertence ao poeta francês Jean Racine e é uma paráfrase do hino Consors paterni luninis para as Matinas de Terça‐Feira, publicada em 1688 numa colectânea de traduções francesas do Breviário Romano. 

Álbum de "fauré poulenc duruflé alain, Ave Verum"

https://youtu.be/_Se72dH9WYw

A Escolha de Alexandre Murtinheira.

Salvador Peres


******************************************



Na minha cidade há um Rio 

Cais da Lota

O Rio que se insinua, suave e subtil, por dentro da Doca dos Pescadores, num enquadramento perfeito: a moldura do insinuante istmo de Troia e a colina verdejante que vai subindo até aos píncaros da Serra-Mãe.

Salvador Peres

********************************************************

Siga-nos através de:

https://synapsis-synapsis.blogspot.com/

https://www.facebook.com/synapsis.setubal

Email: synapsis11@gmail.com




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Arrábida olhos nos olhos

Uma aguarela na Praça de Bocage - Fixando a transitoriedade do tempo

Na alva bruma da Herdade de Gâmbia