Pelos areais dourados da Arrábida
"Serras, veredas, atalhos / estradas e fragas de vento / onde se encontram retalhos / de vidas em movimento"... a letra que Ary dos Santos escreveu (apenas substituímos 'sofrimento' por 'movimento') para uma série de televisão na voz de Carlos do Carmo bem podia adaptar-se à caminhada de Domingo passado pelos areais dourados das praias de Galapinhos e Galápos. A manhã nem por isso começou dourada, mas a névoa que bailava nos cumes da Serra emprestou um misticismo ao habitual místico arrabalde serrano, que acabou por se descortinar numa nesga de Sol dourado a projectar-se sobre os convivas que tiveram coragem de acordar e levantar cedo, e fazer-se às curvas da Serra numa manhã de Domingo. Descer a ravina que desaguava nos tais areais dourados foi o primeiro desafio do dia, logo a seguir temperado pela poesia dita pelo guia Nuno David. O poeta da Arrábida, Sebastião da Gama, reviveu nas palavras dos seus poemas, assim como também foi lembrada a figura...