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Quatro Mulheres e Uma Cidade - Novo filme de Alberto Pereira

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  QUATRO MULHERES E UMA CIDADE baseado numa ideia original de Dina Barco com realização de Alberto Pereira Sábado, pelas 16h00 na Casa da Baía em Setúbal   SINOPSE "As cidades vivem do bater dos corações de quem as habita.  Da gente anónima que nelas sofre e ri, ganha e perde, sonha e realiza.  Gente que, na maior parte do tempo, vive como se não existisse aos olhos dos outros. Quisemos dar forma a alguns desses rostos anónimos. Dar-lhes voz, também.  Pedimos a quatro mulheres, com Setúbal a correr-lhes nas veias, que se revelassem um pouco.  Que dessem substância à sua aparente invisibilidade. É dia de as darmos a conhecer.  E com elas, certamente conheceremos melhor a própria alma da cidade."    Salvador Peres s Y napsis s Y napsis s Y napsis s Y napsis s Y napsis s Y napsis Se Isto é um Homem   Li, pela primeira vez, o livro “Se isto é um Homem”, de Primo Levi, em 2002. Nessa altura já lera sobre a “solução final para a questão judaica”, co

Tintim não foi a Marte. Talvez o Homem lá vá um dia

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  Em 20 de Julho de 1969, quando a Apolo 11 pousou na Lua, eu era um rapaz de 15 anos. Em casa de meus pais, em frente a uma televisão a preto e branco, testemunhei, atónito e maravilhado, a esse feito notável conseguido pelos astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins. A humanidade dera um passo gigantesco em direcção ao grande desconhecido, esse Cosmos que se estende, desmedido e incomensurável, muito para além da nossa capacidade de compreensão. Tudo aquilo me parecia irreal, assim uma espécie de fantasia saída do livro “Rumo à Lua”, de Hergé, da série de banda desenhada do intrépido repórter Tintim. Mas, desta vez, a nave que alcançara a Lua não tinha sido desenhada e construída sob a supervisão do genial Professor Trifólio Girassol. E a tripulação não era constituída pelo Tintim e o seu inseparável cão Milu, mais o histriónico Capitão Haddock e os desastrados detectives Dupond e Dupont, mas por três norte-americanos, de carne e osso, que arriscaram a vida para culmi

Um cenário pós-apocalíptico

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  Logo a seguir ao cais de embarque dos ferries, nas Fontaínhas, Setúbal, até aos estaleiros da Lisnave (antiga Setenave), numa extensão de mais de treze quilómetros, a margem direita do Sado é uma paisagem caótica, um mosaico de imagens feéricas saídas de um filme pós-apocalíptico. Está à vista de todos. Basta sair da Doca das Fontaínhas, em direcção a leste, pela estrada da Mitrena, e as imagens que nos passam pelos olhos falam por si. Poluição dos solos e da água, sucata por todo o lado, fábricas lançando no ar e na água essências suspeitas e putrefactas, embarcações afogadas numa morte de ferrugem, apodrecendo num areal esverdeado. Aqui ninguém é contra o desenvolvimento industrial! Tão-pouco contra a utilização de infraestruturas que ajudem à economia e à produção de riqueza. Mas isso não justifica o crime que ali está a ser perpetrado há décadas. Nem redime aqueles que vendem progresso à custa de um dos mais valiosos recursos naturais do país, o Estuário do Sado. O que ali se