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A mostrar mensagens de junho, 2021

Yoga: saúde física, mental e emocional

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Josete Maria Santos Perdigão é praticante e entusiasta de Yoga há muitos anos. Numa colaboração com o blog Synapsis começou por traçar uma panorâmica sobre a origem do Yoga e o significado do seu termo. Fez depois uma viagem histórica mencionando as características e as etapas da actividade, recorrendo às designações originais de cada etapa, e referindo ainda a importância para a saúde em geral da prática regular de Yoga através de uma série de itens fáceis de interpretar e compreender. Em jeito de conclusão refere também algumas das normas fundamentais da prática de Yoga.   União entre indivíduo e Cosmos  O termo Yoga significa união, entre o indivíduo e o Cosmos, união da saúde física, mental e espiritual. A sua origem é na Índia (era conhecido pelo povo Drávida que habitava os vales do Rio Indo), há mais de 6000 anos. Patañjali estruturou o ensino do yoga em degraus. Desses degraus ou etapas fazem parte, não apenas os ÁSANA ou posições psicobiofísicas (sétimo degrau), o mais v

Matilde, uma rosa sem espinhos

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  A 20 de junho de 1921 nascia uma menininha linda a que foi dado o nome de Matilde ( Lisboa , 20.06. 1921 - 6.07. 2010 ). Uma menina com uma estrela de ouro na testa, que lhe iluminava todo o ser. Estrela invisível aos olhos dos outros, mas que sempre brilhou e a transportou por universos muito diferentes daqueles que são dados a percorrer à maioria dos mortais. A pequena Matilde Rosa Araújo cresceu numa linda casa rodeada de árvores e flores lá para os lados de Benfica. Aí brincou, estudou, sonhou, começou a interrogar-se sobre a vida e o mundo. Uma manhã saiu dessa casa e passou a frequentar uma outra, a Universidade de Lisboa, onde conheceu muita gente, amigas e amigos que guardou para a vida e sobre quem fez recair um pouco do seu brilho. Um deles foi Sebastião da Gama. Eu sei do que falo porque fui uma das suas amigas, apesar de só a ter conhecido algum tempo depois, na década de 1980. Foi nos anos da faculdade que Matilde começou a escrever contos que enviou para concursos, q

António Torrado: da literatura infantil ao argumento de séries de televisão

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  Sendo provável que nem a todos ocorra dizer quem foi António Torrado (1939-2021), é quase certo que todos têm em casa livros do escritor que morreu na semana passada, aos 81 anos, vítima de doença prolongada. E isto porque António Torrado publicou mais de uma centena de livros infantis, além de outro género de obras, tendo mesmo sido argumentista de filmes e séries de televisão, as mais conhecidas sobre o cônsul português Aristides Sousa Mendes, e outra sobre Eça de Queiroz, ambas exibidas há pouco tempo na RTP. António Torrado foi ainda poeta, romancista, dramaturgo, deu o nome a muitas escolas do ensino básico, e foi ainda co-fundador da Associação Portuguesa de Escritores, do Instituto de Apoio à Criança e da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Formou professores em Portugal e noutros países de língua portuguesa, coordenou o curso anual de Expressão Poética e Narrativa do antigo Centro Artístico Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, e trabalhou de perto em dramaturgias co

A propósito de Nomadland - Elisabete Caramelo

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  Muito se escreveu sobre o filme vencedor dos óscares deste ano e, provavelmente, dele ficará apenas a memória do triunfo de uma jovem realizadora chinesa, que veio para a Europa e acabou na América em busca do tão falado sonho de Hollywood. Enquanto filme, Nomadland pouco acrescenta à história do Cinema e é quase certo que a sua realização não inspirará gerações de cineastas no futuro. No entanto, para mim, o road movie de Chloé Zhao é como que um prenúncio da vida humana na Terra, não só para a working class , mas para todos os que dependem dos seus recursos para sobreviver. Nós, os seres humanos dos países ditos desenvolvidos, convencemo-nos de que o modelo liberal, de sociedade de consumo (mais ou menos capitalista), chegaria para nos dar tudo o que gostaríamos – casa, carro, trabalho, saúde, reforma, recursos naturais infinitos - enfim, as tão apregoadas “segurança” e “felicidade” da segunda metade do séc. XX e inícios do XXI.   O problema é que, depois da queda do fascismo