Este novo tempo - um poema de Isabel Melo

 

Este novo tempo

 

Que tempo este que nos assola

Qual eclipse circunda a Terra

Que tempo este que nos transforma

Que se quer renovar como a serra


Segredos espreitam em sombras de dor

Ondas enchem e vazam como marés

Seres da multidão vão gerando amor

 

Seres avançam e recuam não indiferentes

Buscam seus caminhos, suas origens

Gritos de angústia, silêncios de paz

Na alma minha, alma das gentes

 

Que tempo este que nos assola

Que tempo este que nos transforma

 

Que era da existência antes de nascer

Onde estávamos nós nossa mãe

Que é da existência depois de perecer

Mostra-nos Deus o caminho para se entender

 

Une-nos à Terra verde

Dá-nos o silêncio da paz

Ensina-nos como renovar

Se o tempo nos quiser transformar

Para não mais o Mundo perguntar

 

Que tempo este que nos assola

Que tempo este que nos transforma.


Isabel Melo









Comentários

  1. ... Que sensibilidade, tão fina e apurada Isabel ? ... faz-nos sentir de forma tão subtil as angústias, as incertezas, os medos e até a aproximação de uma vida do seu futuro incerto ! Gostei muito do seu Poema Isabel. OBRIGADO. ALEXANDRE MURTINHEIRA

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  2. Uma sublime cumplicidade entre poema e fotografias. Muitos parabéns, Isabel.

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  3. Muito obrigada meus amigos Alex e Alexandre pela vossa amabilidade. um abraço a ambos.


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