O sonho e a luz na arte de Nuno David

 


Num portefólio onde se desvela a arte luminosa de Nuno David, levamos aos nossos leitores um conjunto de 12 aguarelas do autor.

 













Partindo da substância para o espírito, a pintura do Nuno David liga as formas numa representação artística coerente e harmónica. Esta sorte de espiritualidade naturalista é construída sobre uma narrativa onde prevalece a firmeza do traço, não numa interrogação estática das formas, mas sim num olhar dinâmico sobre o Belo como representação do que de transcendental existe na natureza e no Homem. 

Salvador Peres


sYnapsis 2010-2024 - 14 anos ao serviço da cultura e da cidadania




Castelo de Vide, mais uma vez e sempre

 

Há lugares que visitamos uma vez e ficamos com vontade de voltar. Castelo de Vide é um deles. Vila graciosa, justamente conhecida como a Sintra do Alentejo, Castelo de Vide situa-se no nordeste alentejano, no distrito de Portalegre, ali a dois passos do altaneiro Marvão e da fronteira com Espanha.

A chegada a Castelo de Vide, para quem vem dos lados de Portalegre, é logo um encanto. A subida para a vila segue por uma estrada sinuosa, ladeada por uma verdejante vegetação que nos cerca de ambos os lados da estrada. Visível, desde o sopé da encosta do planalto onde se ergue a vila, o alvo casario e a torre da Igreja Matriz que se ergue sobre o mosaico vermelho dos telhados. Depois da última curva, sempre a subir, vemo-nos no coração de Castelo de Vide, com o frondoso Parque João José da Luz à direita de quem sobe e, à esquerda, a Rua de Olivença, que desemboca na bela e aristocrática Praça de D. Pedro V, onde impera a imponente Igreja Matriz de Santa Maria da Devesa.






A vila surpreende pela brancura e leveza suave do casario, pelo arrumo e limpeza das ruas e ruelas, pelo dédalo do bairro judeu que sobre em direcção ao castelo, pelo sossegado vaivém e gentileza dos castelo-videnses, pela envolvente de verdura que emoldura a vila.



Quis o acaso que esta última visita à vila coincidisse com a comemoração do 16.º aniversário do Comando Territorial de Portalegre da Guarda Nacional Republicana. Pela manhã, houve lugar à Cerimónia Militar na luminosa Praça D. Pedro V. À tarde, na Igreja Matriz, um concerto com a Orquestra de Câmara da Banda de Música da GNR. Na imponência da Igreja de Santa Maria da Devesa, o público, que enchia a ampla nave central, deliciou-se com a beleza de Mozart, a leveza de Debussy, a graciosidade de Fauré, o salero de Albéniz e a exuberância de Bizet.

 

Salvador Peres


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Pela encosta norte da Arrábida é que fomos 

 

O Domingo madrugou a cheirar a Outono. Motivo suficiente para juntar os caminhantes com vontade de (re)descobrir parte da encosta norte da Serra da Arrábida. Serra de poetas com poesia a cada passo pelos caminhos adornados de medronheiros e de... medronhos! Que fizeram as delícias de muitos convivas. 





Uma Serra que oferece ar puro, paisagens intensas, caminhos deslumbrantes e em especial muita magia! Que o digam os caminhantes, o que escreveram os poetas da Arrábida, Frei Martinho da Cruz e Sebastião da Gama, ou tantos pintores, fotógrafos, escritores e outros artistas que elegeram a Serra da Arrábida como um refúgio de inspiração. 






Deve ter sido assim que os caminhantes se sentiram nas fotografias que levaram nos telemóveis e nas máquinas fotográficas ou no ar que inspiraram, ou ainda nas palavras que contaram histórias e estórias! De certeza que nasceram poemas na tarde de Domingo de ontem...

 

José Alex Gandum


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FICHA TÉCNICA

Coordenação Editorial de Salvador Peres e José Alex Gandum

 Textos de José Alex Gandum e Salvador Peres

Fotografias de José Alex Gandum e Salvador Peres

Aguarelas de Nuno David

 Edição de Salvador Peres

 





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