Quem muito corre, pouco alcança - Elisabete Caramelo

Num tempo marcado pela velocidade tecnológica, os seres humanos aceleraram drasticamente as suas vidas. Passamos o tempo a correr para conseguir fazer tudo o que queremos ou necessitamos e, tal como nos versos de Manuela de Freitas, cantados por Camané “corre a gente decidida/ pra ter a vida que quer/ sem repararmos que a vida/ passa por nós a correr”.


Agendas cheias, trabalho em excesso, vida familiar assoberbada, demasiadas ligações nas redes sociais e pouco contacto humano de qualidade, criam um cenário propício ao grande inimigo destes tempos: o Stress. Perante esta pequena palavra estrangeirada, a paciência e o tédio da primeira metade do século passado fazem parte da memória longínqua do “conta-me como foi”.


Além de tirar o sabor à vida e de nos impedir de viver plenamente, o stress gera ansiedade, desconcentração e muitos danos que podem ser irreversíveis. Por isso, é fundamental começar por ter consciência do que representa e como se pode diminuir.


Este curto vídeo TED de animação é um bom início para nos darmos conta dos seus efeitos no organismo humano:


https://www.ted.com/talks/madhumita_murgia_how_stress_affects_your_brain




Comentários

  1. Que texto útil e assertivo. Parabéns, Elisabete. Ainda há pouco o Professor Fernando Pais do Amaral pôs no Facebook dele um desenho com 12 itens que estamos a fazer sem mudar a nossa posição em frente ao computador (ou análogo), desde compras, reuniões, conversas, trabalho, cinema... até sexo! A continuar assim, em breve seremos uma derivação de uns humanos que houve um dia...

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  2. Muito bom este artigo, complementado com um video bem elucidativo.
    Este corre, corre diário desenfreado que nos consome, e, que nos destroi sem darmos conta.

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  3. Gostei muito. Um tema bastante actual, com um texto bem escrito que evidencia bem a vida da maior parte da sociedade.

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