A Guerra do Fogo em Palmela. A Prophecia, Cirius e Inventar o Vazio

 Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:

- A Guerra do Fogo em Palmela. Até os mouros - se cá voltassem - ficariam horrorizados com o incêndio que destruiu o verde das encostas do Castelo e Vale de Barris, em Palmela. Todos os incêndios começam pequenos e se forem detectados quando se manifestam as primeiras fagulhas é mais provável lá chegar rapidamente e apagar o que começou a arder. Um texto de José Alex Gandum.

 

- LASA- Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão publica facsímile do romance sobre a fundação do Convento de Jesus A PropheciaSetúbal, Igreja do Convento de Jesus, 21 de Julho, 18h00

- Teatro Trêsmaisum apresenta CIRIUS. Teatro de Rua. Encenação de Ana Paula Eusébio. Apoio à encenação de Carlos Medeiros. Ferreira do Zêzere, 31 Julho 2022

- Galeria LAPSO lança livro e inaugura exposição Inventar o Vazio, de Cláudia Freitas. 22 de Julho, 18h00/22h00.

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A Guerra do Fogo em Palmela


Até os mouros - se cá voltassem - ficariam horrorizados com o incêndio que destruiu o verde das encostas do Castelo e Vale de Barris, em Palmela. Todos os incêndios começam pequenos e se forem detectados quando se manifestam as primeiras fagulhas é mais provável lá chegar rapidamente e apagar o que começou a arder.

Serve isto para chamar a atenção para o facto de Palmela ser privilegiada em termos de vistas. Do alto do seu Castelo a visão é de 360 graus, consegue-se ver a toda a volta. Por isso não se entende como é que a Proteção Civil não tinha alguém de vigia no Castelo (ou em outro local considerado conveniente) para eventualmente detectar algum foco de incêndio nos dias em que a maior onda de calor até agora registada em Portugal aqueceu o território de norte a sul. 


Incêndios nesses dias eram mais que previsíveis - e ocorreram um pouco por todo o Portugal - pelo que ter os carros de bombeiros colocados estrategicamente em sítios mais sensíveis em vez de estarem nos quartéis a aguardarem alguma chamada seria muito mais conveniente e evitaria com certeza as dimensões que alguns fogos tomam. É inaceitável terem ardido cerca de 400 hectares em serranias que têm bons acessos rodoviários (inclusive os estradões de terra batida), e que estão à vista do alto dos cumes das serras que por ali se desenham, em especial a serra do Castelo e a serra do Louro. 


Por outro lado, a burocracia que está por trás da saída de alguns meios de combate a incêndios é também inadmissível. Sabe-se que os fogos e a terra queimada pouca ou nenhuma comichão fazem a quem decide a partir de gabinetes com ar condicionado nas cidades grandes, mas o mesmo não podem dizer as pessoas que perdem os seus haveres, os seus animais, as suas culturas ou a sua paisagem. Com isto não quero deixar de enaltecer o trabalho e a coragem dos bombeiros. A questão - ou as questões - estão a montantes deles e geralmente nas mãos e nas cabeças de quem decide, começando pelo desordenamento do território, o que, contudo, não pode ser apontado aos terrenos que arderam em Palmela, pois a organização agrícola e florestal são das mais correctas a nível do país.

José Alex Gandum

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LASA publica facsímile do romance A Prophecia


Setúbal, Igreja do Convento de Jesus, 21 de Julho, 18h00

Em 1864, Henrique Freire publicava em Lisboa o romance histórico A Prophecia ou a Edificação do Convento de Jesus, recebendo como subtítulo “Tentativa histórica setubalense”.

Sendo hoje uma obra rara, a LASA assumiu a publicação de uma edição fac-similada desta obra, respeitando as dimensões do volume original, numa tiragem de 300 exemplares.

Com esta iniciativa, a LASA pretendeu associar-se à reabertura do Museu de Setúbal - Convento de Jesus, que aconteceu no final de 2020.

Escrita na segunda metade do século XIX, esta narrativa, sobre a qual se publica texto nesta edição da Revista LASA, recua ao tempo de lançamento da primeira pedra para a construção do Convento de Jesus, caracterizando a vida da vila sadina desse tempo através do olhar de Oitocentos, sendo interessante a maneira como o território de Setúbal é visto nos finais dos séculos XV e XIX.

A apresentação da obra estará a cargo do Professor João Reis Ribeiro.

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Trêsmaisum, Teatro de Rua, apresenta CIRIUS


CIRIUS

Teatro de Rua

Ferreira do Zêzere, 31 Julho 2022

Teatro Trêsmaisum

Encenação de Ana Paula Eusébio

Apoio à encenação de Carlos Medeiros

Desde 2015 que não se realiza os “Círius a Dornes”, teatro de rua centrado em Cristo, que regressa este ano no dia 31 de Julho, num palco de 3,5 quilómetros de estrada, entre Paio Mendes e Dornes, no concelho de Ferreira do Zêzere.



É uma iniciativa com cerca de três décadas, que chegou a ser feita anualmente, passando depois a realizar-se de cinco em cinco anos. Já não acontece desde 2015, devido à pandemia.

Esta encenação sem foco religioso, mas que enfatiza valores como o Amor, a Amabilidade, o Respeito, a Honestidade, a Humildade e a Gratidão, envolve toda a comunidade e implica uma logística considerável.

Os ensaios tiveram início no dia 1 de Junho e envolvem cerca de 200 atores locais, contando com encenação de Ana Paula Eusébio, apoio à encenação de Carlos Medeiros (teatro Tresmaisum), produção de Rui Mendes e produção artística de Conceição Godinho.

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LAPSO lança livro e inaugura exposição Inventar o Vazio



22 de Julho, 18h00/22h00. Setúbal, Rua de Arronches Junqueiro 126




               



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