Exposição “Faça-se Luz” abre comemorações dos 50 Anos da Diocese de Setúbal
A exposição, que será inaugurada pelas 16h00, tem por tema “Faça-se Luz”
e envolve trinta artistas de renome, nas áreas da pintura, fotografia,
escultura e cinema, com um filme realizado propositadamente para assinalar a
efeméride.
As várias manifestações de arte ali expostas, com artistas de diferentes
sensibilidades, crentes e não crentes, unem-se nesta grande exposição para
traduzir em formas e cores a profundidade do mistério da luz.
No decurso da exposição, terá lugar o lançamento de uma edição limitada de
vinho tinto reserva 2022, da Casa Ermelinda Freitas, “50 anos da Diocese de
Setúbal”.
No dia 19 de Julho, as comemorações prosseguem, pelas 11h00, na Escola de Hotelaria (Quartel do 11), em Setúbal, com a estreia do filme “Faça-se Luz”, do realizador Alberto Pereira. O filme tem guião e banda sonora de Salvador Peres. Após a exibição do filme, o Grupo e-Vox apresenta-se ao público com três instrumentais, um dos quais, “Luz”, tema musical do filme, em estreia absoluta.
Na tarde de dia 19, na Igreja de S. Sebastião, pelas 16h00, terá lugar o Concerto Comemorativo dos 50 Anos da Diocese de Setúbal pela Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana.
A Diocese de Setúbal foi criada a 16 de Julho de 1975, pelo que se comemoram, neste ano que também é jubilar, os 50 anos da sua criação. Os Amigos da Paróquia de S. Sebastião foram convidados a juntar-se à Comissão Jubilar dos 50 anos da Diocese, para com ela colaborarem e participarem em algumas das actividades no âmbito das Comemorações.
Salvador Peres
Synapsis 15 anos - Um espaço de cidadania e expressão artística
A arte de
bem cantar em coro
Nos idos de 80 do século passado, integrava então o naipe de tenores do Coral Luísa Todi, em Setúbal, ouvi pela primeira vez o Chorale Resonances A Coeur Joie, oriundo da cidade de Pau, em França. O coral deslocara-se a Setúbal, a convite do Coral Luísa Todi, para realizar um conjunto de concertos em parceria com o coral setubalense. Nunca mais esquecerei a magnífica sonoridade que dimanava daquele magnífico conjunto coral, dirigido pelo maestro Gilbert Collard. Nem o excelente programa com que brindaram a assistência, composto de peças corais de notável leveza e beleza harmónica. Àquela época, o Coral Luísa Todi estava no seu auge, contando nos seus quatro naipes com cantores de qualidade, sob a batuta do grande Maestro Jorge Manzoni. Foi para mim uma revelação ouvir aquele coral francês na sua digressão a terras do Rio Azul. Aquele timbre, de um equilíbrio e suavidade maravilhosos, aquela forma única de expressar a música, foram marcantes e despertaram-me para a magnífica cultura coral francesa.
Muitos anos passaram
desde então. O meu gosto e admiração pela música coral sinfónica nunca
esmoreceu, bem pelo contrário, foi amadurecendo com audições regulares de
concertos, buscando descobrir e aprofundar a arte do canto coral.
Há uns tempos, por mero
acaso, descobri a magnífica peça coral Les Indes Galantes, do compositor
Jean-Philippe Rameau (1683-1764). O agrupamento coral Les Arts Florissants,
sob a direcção do maestro William Christie, interpreta Tendre Amour, ao
vivo, na Grande Salle Pierre Boulez da Filarmónica de Paris.
Quando ouço esta
assombrosa peça coral, recuo a esses primeiros tempos de iniciação na audição da
extraordinária arte coral francesa. Não me restam dúvidas de que os coros
franceses ombreiam com o que de melhor se faz no mundo na arte de cantar em
coro a capela.
Estreada em 28 de agosto
de 1735, Les Indes Galantes é a primeira das seis óperas de
Jean-Philippe Rameau. Composta por um prólogo e quatro entradas para um libreto
de Louis Fuzelier, esta obra foi muito bem recebida e permaneceu no palco da
Ópera de Paris 25 anos após a sua criação, com 185 apresentações, figurando
entre as maiores obras-primas do ballet operístico francês.
A obra pode ser apreciada em:
Salvador Peres
Synapsis 15 anos - Um espaço de cidadania e expressão artística
Arte Xávega ou "o que vem à rede é peixe"
A Arte Xávega é uma forma de pesca tradicional que envolve o cerco e
arrasto de peixes com uma rede. Esta pesca também é chamada simplesmente de
“arte” por pescadores do centro de Portugal, enquanto no Sul se chamava de
Xávega. É muito comum nos meses de Verão nalgumas praias da Costa da Caparica,
por exemplo, onde a afluência de público é significativa.
E isto porque o pescado da Arte Xávega é geralmente vendido aos muitos
veraneantes que deambulam por aquelas praias ao fim da tarde. Há vezes em que a
rede vem cheia de sardinha, por exemplo, e a venda é rentável, outras vezes o
mar não é tão generoso, a rede pode trazer muita cavala e outras espécies menos
mediáticas. De qualquer maneira, quem compra fica sempre a ganhar porque o
peixe é vendido muito abaixo do preço de mercado, e que é fresco, é! Mais
fresco não há!
José Alex Gandum
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