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A mostrar mensagens de maio, 2021

Miguel de Castro - Uma voz lírica sempre presente - Fátima Ribeiro de Medeiros

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  Miguel de Castro (Valadares, 13.01.1925 – Setúbal, 16.05.2009) tem dois meses na nossa agenda de evocações, janeiro e maio. Já que ainda não o trouxemos aqui, que tal fazê-lo hoje? Valadarense por nascimento, chegou a Setúbal aos nove anos e logo adotou a cidade e foi adotado por ela, que, reconhecida, lhe atribuiu em 2014 a Medalha de Honra na classe de Cultura. Apaixonado pelas mulheres, pelo Sado e pela Arrábida, que não se cansou de cantar, era sobretudo um amante da vida, de uma boa gargalhada, de uma petiscada com os amigos. Muitos de nós ainda o recordam entre os cafés Benjamim e Esperança, ou na Culsete, fazendo gala dos seus dotes poéticos e conversando sobre tudo e nada. Guardou sempre uma memória afetiva de Sebastião da Gama, que lhe leu a poesia e o incentivou a persistir na escrita, tendo-o aconselhado a usar um nome literário, abandonando o de batismo, Jasmim Rodrigues da Silva, o que ele fez, assinando já na segunda metade da década de 1940, no jornal O Setubalense ,

Fugas para caminhos com a Natureza - Isabel Melo

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  Fugas para caminhos com a Natureza, mais que estar na moda, são hoje parte integrante da nossa vida e sociedade, como meio para alcançar um equilíbrio emocional. Se a ligação a um turismo mais sustentável se vinha acentuando nos últimos tempos, agora, num pós- confinamento, a nossa ânsia de liberdade remete a uma busca incessante de caminhos que nos levam a uma convivência cada vez mais intensa com o ambiente. Lugares mais ou menos explorados que nos são dados a descobrir de uma forma mais fácil, mais natural, mais entrosada coma Natureza. Os portugueses reforçaram o seu ponto de encontro e necessidade de espaços livres, amplos, com actividades de aventura ou de contemplação que nos transportam a um bem-estar, há muito esperado. A juntar a essa procura de libertação, também uma consciência e necessidade de vida saudável, bem como uma maior consciência ecológica junto da população. Todos esses percursos e lugares são procurados individualmente, em família ou suportados por um número a

A fotografia e o objecto fotografado - Alexandre Murtinheira

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  Que significado tem esse instante em que o fotógrafo prime o botão da máquina fotográfica ou do telemóvel e fixa uma fracção da eternidade? O que procura ele? O que obtém ele? O que fica desse momento único? E o que que resulta desse instantâneo? A imagem de um mundo que ainda existe, ou o reflexo de um mundo que findou no momento em que ficou congelado naquela representação? Olhar para uma fotografia suscita estas e outras perguntas. Não há forma de arte que nos interrogue tanto como a fotografia. O seu mimetismo remete-nos para a coisa fotografada e para o seu contrário, aproximando-nos e separando-nos dela no acto de a fixar. A imagem que obtemos é, a dois tempos, uma cópia do original e algo novo e diferente que só remotamente nos liga ao objecto fotografado. As fotografias de Alexandre Murtinheira questionam-nos. Que Cabo Espichel é aquele? E que Ermida se ergue por sobre a falésia do Cabo? Que esplendor e intermitências são aquelas que sobrevoam a Arrábida? E que formas enf

Dia Internacional dos Museus 2021 - 18 de Maio

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  Dia Internacional dos Museus 2021   “IMAGINAR É PRECISO” 18 Maio 2021 MAEDS Programa:   17h30 – Quinta de Alcube Visita ao vale do Alcube. Património natural, arqueológico e vitivinícola, com prova de vinhos na adega de Alcube. Orientação de Nuno David e João Serra. Participação sujeita a inscrição. Visita gratuita, com compra obrigatória de copo (1,5€).   21h30 – MAEDS Inauguração das exposições temporárias: “Blue Moon”, gravura de Joanna Latka; “Cidades Impossíveis”, pintura de José Taklyn; “Imaginar Cetóbriga”, desenho de Zé Minderico.   Inscrições e informações: MAEDS – Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal 265239365 | 939953004 maeds@amrs.pt www.maeds.amrs.pt  

Dia Mundial da Língua Portuguesa

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  5 de maio – Dia Mundial da Língua Portuguesa Fátima Ribeiro de Medeiros*   Todos os dias são um bom dia para celebrar alguma coisa. Hoje, 5 de maio, comemora-se em todo o universo lusófono e um pouco por tudo o mundo o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Evocado por alguns desde 2009, só em 2019 foi reconhecido e ratificado pela UNESCO. Pretende lembrar que, de entre vários fatores e símbolos, também a língua em que nos expressamos nos une enquanto comunidade. Muitos escritores têm inscrito na sua obra o seu ensejo de afirmação do simbolismo da língua portuguesa e das suas palavras, valorizando o seu poder identitário, que tem dimensão global, já que a língua portuguesa é falada em todos os continentes. Escreveu Fernando Pessoa: “Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. […] Odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe