Em ano de 12.º aniversário Synapsis, um testemunho e sugestões culturais

 

Em ano de aniversário de 12.º, o Blogue Synapsis continua a publicar testemunhos de quem acompanha a sua actividade. Desta vez, o testemunho da mais novel synapsiana, Fátima Ribeiro de Medeiros.

 Divulgamos também:

- Mais um Ciclo de Órgão, a ter lugar no próximo Sábado, dia 23 de Abril, organizado pela Paróquia de S. Sebastião, na Igreja de S. Sebastião, em Setúbal.

 - A Performance poética “Doce Liberdade”, organizada pelo P.I.C.A., Projecto de Intervenção, Cultura e Artes, no dia 29 de Abril, no Auditório Bocage, em Setúbal.

 - A peça de teatro “A Formiga”, levada à cena a 23 e 24 de Abril, na sede cultural da Chamusc’Arte, na Chamusca.


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Doze anos de atividade intelectual e ambiental 

Doze anos de atividade intelectual e ambiental ininterrupta é uma proeza de que poucos se poderão orgulhar, ainda para mais sendo um grupo que se autodefine como informal, sem amarras partidárias, religiosas ou outras de qualquer tipo, facto que ainda aumenta mais a sua verdade. Autodefinindo-se sem liderança, há, no entanto, alguns nomes que em mim corporizam a cabeça deste movimento, que o segura pelas pontas, que o mantém coeso, ativo e gostosamente “desalinhado”. Começaram por ser onze amigos. Hoje são vinte e sete. Com muito gosto, assumo-me como uma dessas amigas. E venho já penitenciar-me pelo pequeníssimo contributo que tem sido o meu. Esperemos que nos próximos doze anos possa ser um elemento mais presente.

MUITOS PARABÉNS, SYNAPSIS!

O número 12 acorda em mim várias simbologias que aproveito para partilhar convosco. Ancestralmente este é o número das divisões espácio-temporais e de outras simbologias grupais. São 12 os meses do ano; doze os amigos que Jesus sentou à mesma mesa e escolheu para espalharem a sua mensagem, os apóstolos; 12 os cavaleiros que tinham assento em torno da Távola Redonda.

Este é também o número da reunião, da multiplicação, da criação, em que quatro elementos se multiplicam por três, como os quatro elementos naturais da terra (terra, água, ar, fogo) quando se fundem com os três princípios alquímicos (enxofre, mercúrio, sal); ou a Santíssima Trindade (Pai, Filho, Espírito Santo), provocando aquilo que na antiguidade se definiu como a tríade da atividade, da imobilidade e da harmonia.




Sendo o 12 o número que divide e reúne, é o símbolo do acabado. Doze é o número de frutos da árvore da vida, o símbolo sagrado da criação. Provindo da multiplicação entre o quatro e o três, simboliza, segundo Chevalier e Gheerbrant, “o futuro humano e o desenvolvimento perpétuo do universo.” É, pois, um número ativo e não estático que nos remete para o futuro. Tradicionalmente, é o número da nubilidade, em que alguém passa de noivo para a esposo, isto é, muda de condição, reiniciando uma nova etapa, uma nova família. Sendo o “número 12 a realização de um ciclo que se fecha,” é sempre o número do reinício, do começo de algo novo. 

Se encararmos o doze como o número de uma realização plena, do tal círculo que se fecha, encaramo-lo na sua dimensão de renascimento. Assim, enquanto fechamos o primeiro ciclo de atividades, iniciamos um segundo ciclo de vida do SYNAPSIS, que cremos ainda mais produtivo e feliz que o anterior.

Ergo a minha taça aos próximos 12 anos SYNAPSIS: Longa vida a este movimento, sempre a criar compromissos nas várias frentes da cultura e do ambiente.

Fátima Ribeiro de Medeiros


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 Ciclo de Órgão, Sábado, dia 23 de Abril, 21h00, Igreja de S. Sebastião, Setúbal





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Performance Poética “Doce Liberdade”, dia 29 de Abril, 21h30, 

Auditório Bocage, Setúbal



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Peça de teatro “ A Formiga”, 23 e 24 de Abril, sede cultural da Chamusc’Arte, Chamusca






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