Porto Covo – A Aldeia Encantada - Parque Natural da Arrábida comemora 46 anos
Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:
- Porto Covo – A Aldeia Encantada
Corria o ano de 1986, as estações de rádio enchiam o éter com a canção “Porto Covo”, do álbum “Rui Veloso”, gravado e produzido por Rui Veloso, em 1985. Estava dado o tiro de partida para a explosão turística da bela, pacata e praticamente desconhecida aldeia da Costa Vicentina. A partir daí foi o que se viu: Porto Covo passou a ser lugar de destino de milhares de turistas que acorrem todos os verões às suas praias paradisíacas.
Uma crónica de Salvador Peres.
- Parque Natural da Arrábida comemorou 46 anos em 28 de Julho
O Parque Natural da Arrábida assinalou 46 anos no passado dia 28 de Julho. Foi o primeiro Parque Natural a ser criado em Portugal, para o que contribuíram especialmente o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, o Professor Galopim de Carvalho ou o Professor Luiz Saldanha.
Um texto de José Alex Gandum
- Arronches Junqueiro – O Poeta Arqueólogo
Uma
exposição no Museu de Setúbal/Convento de Jesus. Sala de exposições temporárias.
Aberta ao público até 2 de Outubro de 2022.
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Porto Covo – A Aldeia Encantada
“Roendo uma laranja na
falésia
Olhando o mundo azul à
minha frente
Ouvindo um rouxinol na
redondeza
No calmo improviso do poente” (*)
Corria o ano de 1986, as estações de rádio enchiam o éter com a canção “Porto Covo”, do álbum “Rui Veloso”, gravado e produzido por Rui Veloso, em 1985. Estava dado o tiro de partida para a explosão turística da bela, pacata e praticamente desconhecida aldeia da Costa Vicentina. A partir daí foi o que se viu: Porto Covo passou a ser lugar de destino de milhares de turistas que acorrem todos os verões às suas praias paradisíacas.
“Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de
Odemira
Que dizem que por amor se
matou novo
Aqui, no lugar de Porto
Côvo” (*)
Com tanta publicidade, aquele espaço, outrora tranquilo e equilibrado, foi engolido por um tsunami turístico e inchou. Era fatal. À sua volta, felizmente ainda não dentro da quadrícula pombalina, erguem-se, agora, construções avulsas, descaracterizadas, feiosas, grotescas algumas. Ainda não é Vila Nova de Milfontes, mas, se não se cuida, para lá caminha. Esperemos que não. Por enquanto, ainda lhe posso chamar Porto Covo – A Aldeia Encantada. Mas por quanto tempo?
A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este
luzeiro
Á volta toda a vida se
compraz
Enquanto um sargo assa no
braseiro (*)
(*) “Porto Covo”, Rui Veloso
Salvador Peres
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O Parque Natural da Arrábida
assinalou 46 anos no passado dia 28 de Julho. Foi o primeiro Parque
Natural a ser criado em Portugal, para o que contribuíram especialmente o
arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, o Professor Galopim de Carvalho ou o
Professor Luiz Saldanha. O Parque Natural da Arrábida é uma reserva biogenética
situada na península de Setúbal, abrangendo os municípios de Palmela, Setúbal e
Sesimbra, com a altitude mais elevada no Pico do Formosinho, com 501 metros de altitude.
Tem uma área de 17.600 hectares, sendo 5.300 na área marinha e 12.330
terrestre. O Parque assenta num pequeno maciço calcário que cai sobre o
mar em falésias de grande porte, atingindo 400 metros de altura no topo da
designada Serra do Risco. O Parque deve o seu nome à Serra da Arrábida, cuja
cordilheira inclui as serras do Risco, de S. Luís, dos gaiteiros, do Louro e de
S. Francisco. Há 180 milhões de anos, quando esta cadeia montanhosa se começou
a formar, esta área estava submersa, pelo que a morfologia actual resulta de
fenómenos ligados à tectónica e à erosão. Por exemplo, é comum encontrar rochas
incrustadas de vestígios de conchas no alto da Serra do Louro.
José Alex Gandum
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Arronches Junqueiro – O Poeta Arqueólogo
Uma exposição no Museu de Setúbal/Convento de Jesus. Sala de exposições temporárias.
Aberta ao público até 2 de Outubro de 2022.
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