Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia e Praia Fluvial de Loriga
Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:
- Festas de Nossa Senhora do Rosário de
Tróia
Estas festas tradicionais das gentes do mar já remontam a 1758,
transpondo, até hoje, a mesma simplicidade dos antepassados e autenticidade na
fé das famílias. A festa de Nossa Senhora do Rosário de Troia é organizada pela
paróquia de S. Sebastião e pelos pescadores de Setúbal e festeja-se mais ou
menos a meados de Agosto, em data que tem a ver com as marés do rio Sado.
Este ano, depois de dois anos de ausência por causa da pandemia,
decorreram dentro da normalidade, de 10 a 15 de Agosto, entre Setúbal e Troia.
Uma crónica de Isabel Melo, com fotografias do
Padre Casimiro Henriques
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Praia Fluvial de Loriga – Em Cascata Serra da Estrela abaixo
Situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a Praia Fluvial de Loriga oferece ao visitante uma imagem deslumbrante, com águas cristalinas saltitando, em cascatas de água límpida e transparente, montanha abaixo, formando pequenas lagoas e piscinas naturais que convidam a banhos revigorantes.
Uma crónica e fotografias de Salvador Peres
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Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia
Desde há cerca de trinta anos que,
quase religiosamente, assisto ao Círio fluvial de Tróia, tendo tido o
privilégio nos primeiros anos de ir no barco de pescadores com o marítimo Zé da
Gaia ou vir no barco a acompanhar Nossa Senhora.
Estas festas tradicionais das gentes do mar já
remontam a 1758, transpondo, até hoje, a mesma simplicidade dos antepassados e
autenticidade na fé das famílias. A festa
de Nossa Senhora do Rosário de Troia é organizada
pela paróquia de S. Sebastião e pelos pescadores de Setúbal e festeja-se mais
ou menos a meados de Agosto, em data que tem a ver com as marés do rio Sado.
Este ano, depois de dois anos de ausência por causa da pandemia, decorreram dentro da normalidade, de 10 a 15 de Agosto, entre Setúbal e Troia.
Entretanto, os campistas, já
instalados há dias, têm de antemão planeado o almoço para si e convidados, com
as iguarias do melhor pescado, cuidadosamente preparado, seguindo-se os
jogos no areal e o concurso de barcos engalanados. Na segunda feira, último dia
das festas, e ao final do dia, quando a maré o permite, trazem-se de volta as
imagens da capela e inicia-se o tradicional Círio Fluvial da Caldeira para
Setúbal. O Círio de regresso é ainda mais majestoso, passando pelo Hospital do
Outão, onde o padre abençoa os doentes, que estão fora numa emoção de acenos de
lenços brancos. Passa depois o Círio pela Nossa Senhora do Cais e termina na
doca do Comércio, acompanhado em terra por muita gente, ao som de fervorosos
cânticos que ecoam no barco que leva Nossa Senhora. A Santa regressa à
Caldeira, os andores são desmanchados, as flores distribuídas e começa a
nostalgia de se verem terminadas as festas, já numa renovação de promessas para
o ano seguinte.
As festas de Troia assumem uma
importância cada vez maior, trazendo gente de todo o lado para se verem de perto
celebrações tão genuínas e tradicionais, mostrando um espetáculo visual
deslumbrante, plenamente revelador da identidade cultural e religiosa dos
marítimos de Setúbal. São gerações e gerações que vão continuando a tradição
das festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, numa união extrema das
famílias e sentido de comunidade que faz a ligação ao longo dos séculos.
Crónica de Isabel Melo. Fotografias do Padre Casimiro Henriques
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Praia Fluvial de Loriga – Em Cascata Serra da Estrela
abaixo
O Vale Glaciar de Loriga foi originado há 20.000 anos, quando a placa de
gelo que cobria o planalto cimeiro da Serra da Estrela se fraccionou com o
aumento da temperatura.
As placas de gelo derreteram e deslizaram para alturas mais baixas,
arrastando consigo uma massa imensa de rochas graníticas, originando imensos vales
à sua passagem.
Os vestígios desta obra monumental da natureza permanecem intocados em Loriga, há milhares de anos.
Situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a Praia Fluvial
de Loriga oferece ao visitante uma imagem deslumbrante, com águas
cristalinas saltitando, em cascatas de água límpida e transparente, montanha abaixo,
formando pequenas lagoas e piscinas naturais que convidam a banhos
revigorantes.
A praia, vigiada por nadadores-salvadores na época balnear, conta com
apropriados serviços de apoio, facultando ainda a possibilidade da prática de diferentes
actividades de aventura e passeios pedestres.
Visitar a Praia Fluvial de Loriga é entrar num espaço grandioso e respirar
a montanha em todo o seu esplendor. O vale, emoldurado pelas encostas
arborizadas da Serra da Estrela, continua a descer, na frente dos nossos olhos
maravilhados, em socalcos até aonde a vista alcança.
Crónica e fotografias de Salvador Peres
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