Francisco de Paula Borba. Notável filantropo e humanista
Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:
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Francisco de Paula Borba. Notável filantropo e humanista
O
livro “Francisco de Paula Borba – Vida e obra (1872-1934)”, da autoria de
Francisco Moniz Borba, foi apresentado ao público no passado Sábado, dia 19 de
Novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal.
Texto
e fotografias de Salvador Peres
- Encerramento do Ciclo de Órgão e Canto na Igreja de S.
Sebastião
Vai ter lugar, na Igreja de
S. Sebastião, a 26 de Novembro, pelas 21h00, o encerramento do 1.º Ciclo de
Órgão e Canto, com um concerto do organista João Vaz e do grupo coral Capella
de S. Vicente, sob a direcção de Pedro Rodrigues.
Do programa consta música
portuguesa mariana e de Advento e música inglesa de Advento e Natal.
Sugestão
de Isabel Melo
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Escrito nos Livros – José Saramago
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
……………………………………………………………
José Saramago, Os Poemas
Possíveis, Lisboa, Caminho, 1981, 2.ª ed. (revista), p. 69
A
escolha de Fátima Ribeiro de Medeiros
- Palavras que não mudaram o
Mundo - O Rio que corre; a Serra que permanece...
Desde
sempre, duas imagens foram criando espaço no imaginário dos setubalenses: a de
um rio que corre e se transfigura todos os dias, na direcção do oceano, e nos
desperta os sentidos com a doce inquietação da partida; e a de uma serra,
antiquíssima, que nos sopra à alma segredos do que há de eterno e imutável na
natureza.
Salvador Peres, Novembro de 2022
- Na minha cidade há um Rio
Esta semana, uma fotografia de José
Alex Gandum intitulada “Golfinhos do Sado”. Os roazes-corvineiros, conhecidos
como golfinhos, são presença diária no Estuário do Sado. Vindos do mar aberto,
aproveitam a maré favorável para entrarem na ampla baía setubalense, rumando em
direcção aos esteiros e sapais em busca de chocos, robalos e outros peixes.
Fotografia de José Alex Gandum. Texto
de Salvador Peres
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Fátima Ribeiro de Medeiros, que prefaciou a obra e interveio na
apresentação, escreveu sobre ele: “Há pessoas raras que conseguem delinear e
marcar o percurso dos outros, dos seus contemporâneos e dos que lhes virão a
seguir na dinâmica das gerações. Há-os capazes de aprofundar a vida de uma
cidade e de lhe mudar o rosto. Pensando em Setúbal e naqueles que ajudaram a
construí-la tal como hoje a conhecemos, uma das personalidades que assoma como
tendo contribuído para moldar a sua feição médico-sanitária, solidária e
interventiva em prol dos outros foi Francisco Borba, o Dr. Paula Borba, como
lhe chama desde sempre o povo, como se dissesse pai ou avô. Um dos nossos
grandes, sem dúvida. Terceirense de nascimento, aconteceu-lhe como a muitos,
vindos um pouco de todo o país: aqui chegaram e aqui permaneceram, optando por
aqui construir o seu futuro, contribuindo para o sucesso e crescimento da
cidade.”
O jovem historiador Diogo Ferreira, convidado a apresentar o livro, ofereceu ao vasto público, que enchia o Salão Nobre, um panorama sobre a vida e obra de Francisco de Paula Borba, com uma intervenção muito viva, de grande qualidade e interesse, fundada em factos históricos e biográficos, muitos deles só conhecidos agora, com a edição da obra.
Francisco
de Paula Borba nasceu nos Açores, em Angra do
Heroísmo, no dia 24 de Março de 1872. Formado em cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, veio
para Setúbal em Julho de 1898 iniciar a sua actividade clínica e por cá ficou.
Distinguiu-se como médico e filantropo, tendo fundado o Asilo Bocage, mais
tarde Asilo Dr. Paula Borba e o Balneário Dr. Paula Borba.
Texto e fotografias de Salvador Peres
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Ciclo de Órgão e Canto
na Igreja de S. Sebastião
Do programa consta música portuguesa mariana e de
Advento e música inglesa de Advento e Natal.
Atendendo ao elevado interesse
do concerto e à limitação de lugares na Igreja, os interessados devem confirmar
previamente a presença para os contactos 919 521 778/917 616 929/265
523 051.
João Vaz é director artístico
do Festival de Órgão da Madeira, do Festival Internacional de Órgão de Mafra e
das séries de concertos que se realizam no órgão histórico da Igreja de São
Vicente de Fora, em Lisboa
A Capella de S.
Vicente, criada em 2021, é uma ramificação da Capella Patriarchal, agrupamento
destinado fundamentalmente à divulgação dos tesouros da música sacra
portuguesa.
Pedro Rodrigues foi membro do
Núcleo Coordenador dos Órgãos Históricos de Santarém. É membro do Coro
Gulbenkian e do Coro Gregoriano de Lisboa. É director musical da Capella de S.
Vicente.
Sugestão de Isabel Melo
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Escrito nos Livros - José Saramago
Poema a boca fechada (excertos)
Que o
silêncio me sufoca e amordaça.
Calado
estou, calado ficarei,
Pois que
a língua que falo é de outra raça.
……………………………………………………………
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
……………………………………………………………
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
José Saramago, Os Poemas Possíveis,
Lisboa, Caminho, 1981, 2.ª ed. (revista), p. 69
A escolha de Fátima Ribeiro de Medeiros
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Palavras que não mudaram o mundo
O Rio que corre; a Serra que permanece...
Desde sempre, duas imagens foram criando espaço no imaginário dos
setubalenses: a de um rio que corre e se transfigura todos os dias, na direcção
do oceano, e nos desperta os sentidos com a doce inquietação da partida; e a de
uma serra, antiquíssima, que nos sopra à alma segredos do que há de eterno e
imutável na natureza.
Esta melancolia estática da Serra e a corrida serena do rio para o futuro são, no meu entender, as duas características distintivas que moldam o ser setubalense. Uma saudade de futuro que permanece na contemplação estática do passado. Um sobressalto indolente. Uma difusa vontade de partir, ficando...
Salvador Peres, Novembro 2022
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Na minha cidade há um Rio
Esta
semana, uma fotografia de José Alex Gandum intitulada “Golfinhos do Sado”. Os
roazes-corvineiros, conhecidos como golfinhos, são presença diária no Estuário
do Sado. Vindos do mar aberto, aproveitam a maré favorável para entrarem na
ampla baía setubalense, rumando em direcção aos esteiros e sapais em busca de
chocos, robalos e outros peixes.
Fotografia
de José Alex Gandum. Texto de Salvador Peres
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