Pintores e Pensadores expõem na Galeria Municipal de Setúbal

 Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:

 

- Pintores e Pensadores expõem na Galeria Municipal de Setúbal

Inaugurou, no passado dia 12 de Novembro, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, em Setúbal, a exposição “A Arte e o Néctar da Vida”. A mostra reúne trabalhos dos pintores Ana Isa Férias, Alberto Pereira, Clemilson Bernardes, Dália Vale Rêgo, Helena Fernandes, Maria José Brito, Pedro Castanheira e Nuno David e dos pensadores Casimiro Henriques, Francisco Borba, Isabel Melo, João Reis Ribeiro, José Ornelas, Leonor Freitas, Salvador Peres e Viriato Soromenho-Marques.

Texto e fotografias de Salvador Peres

 

- Arte é inseparável da vida

A arte pode assumir muitos rostos e infindos significados. Pode ser tudo, qualquer coisa, o seu contrário. Para mim, seja qual for o seu sentido, a arte, concretizada no acto de criar, está ligada ao tempo. Não a esse tempo contado que define a duração de uma vida. Mas a outro tempo, o que penetra no desconhecido e indefinível que vai para lá da nossa existência física. Da vida que damos à arte extraímos o desencanto do imediato, na esperança que dela advenha o arrebatamento do eterno. E nessa dádiva emerge uma gramática que nos coloca em consonância com a secreta arquitectura do ser. Uma sinfonia em que os infindáveis sons da natureza se afinam por um diapasão único e absoluto.

Crónica de Salvador Peres

 

- As Velas Ardem Até ao Fim, de Sándor Márai

A companhia de teatro “Trêsmaisum” leva à cena a peça As Velas Ardem Até ao Fim, de Sándor Márai. O espectáculo pode ser visto na Praça Hub Criativo do Beato, Travesso do Grilo, 1, em Lisboa.

Do programa consta: 19h30-21h30 – jantar; 21h30 – peça de teatro.

As reservas podem ser feitas para o telefone 935 399 676.

Sugestão de Carlos de Medeiros

 

- Escrito nos Livros – Julian Barnes

“«Depois chegaram os caminhos de ferro a toda a Europa. E qual era a função principal deles? Era, como quer Ruskin quer Flaubert assinalaram, permitir que as pessoas fossem de A a B, de modo que pudessem ser igualmente estúpidas umas com as outras em diferentes lugares. Parafraseio as palavras deles (…).»”

Fala de Elizabeth Finch, no livro, com o mesmo título, de Julian Barnes. Quetzal Editores, 2022.

A escolha de Elisabete Caramelo

 

- Palavras que não mudaram o Mundo - Fazer o que ainda não foi feito

A propósito de sociedades secretas, de forças ocultas e de jogos de poder e de influência, só tenho a dizer que acredito, até prova em contrário, na bondade e na boa-fé de toda a gente.

Salvador Peres, Novembro de 2022

 

- Na minha cidade há um Rio

Uma nova rubrica do Blogue Synapsis focada no Rio Sado, em múltiplas abordagens através da palavra, da fotografia, da pintura e do desenho.

Esta semana, uma fotografia de Alexandre Murtinheira intitulada “Entre Sombras”. A fotografia foi tirada na zona industrial da Mitrena, em local que serve de “cemitério” de embarcações. No caso presente, a foto mostra um dos icónicos barcos que fizerem, durante décadas, o percurso Setúbal-Tróia, levando milhares de pessoas até aos areais das praias da península de Tróia.

Fotografia de Alexandre Murtinheira. Texto de Salvador Peres


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A Arte e o Néctar da Vida

Pintores e Pensadores expõem 

na Galeria Municipal de Setúbal

Inaugurou, no passado dia 12 de Novembro, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, em Setúbal, a exposição “A Arte e o Néctar da Vida”. A mostra reúne trabalhos dos pintores Ana Isa Férias, Alberto Pereira, Clemilson Bernardes, Dália Vale Rêgo, Helena Fernandes, Maria José Brito, Pedro Castanheira e Nuno David e dos pensadores Casimiro Henriques, Francisco Borba, Isabel Melo, João Reis Ribeiro, José Ornelas, Leonor Freitas, Salvador Peres e Viriato Soromenho-Marques. 





A par dos trabalhos expostos, foram desenvolvidos 200 Múltiplos de Arte, em caixas com design concebidas para o efeito, que contêm dezasseis obras de arte numeradas e assinadas pelos pintores e pensadores.

O objectivo desta iniciativa, que celebra a colheita de 2021 da Casa Ermelinda de Freitas, visa o restauro do corta-vento da Igreja de S. Sebastião, uma estrutura de madeira policromada do séc. XVIII.




Numa sala repleta de público, a enquadrar a exposição, usaram da palavra o Padre Casimiro Henriques, pároco da Paróquia de S. Sebastião, António Melo e Isabel Melo, em representação dos Amigos da Paróquia de S. Sebastião, João Reis Ribeiro e Salvador Peres, na qualidade de artistas convidados e o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina.




A exposição vai ficar patente ao público até ao dia 4 de Dezembro. O Synapsis associou-se a este projecto artístico na qualidade de parceiro.


Texto e fotografias de Salvador Peres

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Arte é inseparável da vida



A arte pode assumir muitos rostos e infindos significados. Pode ser tudo, qualquer coisa, o seu contrário. Para mim, seja qual for o seu sentido, a arte, concretizada no acto de criar, está ligada ao tempo. Não a esse tempo contado que define a duração de uma vida. Mas a outro tempo, o que penetra no desconhecido e indefinível que vai para lá da nossa existência física. Da vida que damos à arte extraímos o desencanto do imediato, na esperança que dela advenha o arrebatamento do eterno. E nessa dádiva emerge uma gramática que nos coloca em consonância com a secreta arquitectura do ser. Uma sinfonia em que os infindáveis sons da natureza se afinam por um diapasão único e absoluto.

Criar arte é viver no tempo e para além do tempo. Não importa se o resultado da criação se conta por milhões no mercado da arte ou se se revela apenas como uma entidade que criámos a partir do nada e nos faz ser maiores que nós próprios no acto de criar.

Os 16 artistas, que se uniram no projecto A Arte e o Néctar da Vida, e partilham o espaço da Galeria Municipal de Setúbal, onde se expõem presentemente as catorze pinturas do Retábulo do Convento de Jesus, de Mestre Jorge Afonso, vêm dar testemunho de que a arte é inseparável da vida e a criação artística é indissociável da condição humana. Porque enquanto houver arte e artistas, há futuro. E, em havendo futuro, o tempo estica-se na direcção da vida e da esperança.

 Crónica de Salvador Peres

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As Velas Ardem Até ao Fim

de Sándor Márai


A companhia de teatro “Trêsmaisum” leva à cena a peça As Velas Ardem Até ao Fim, de Sándor Márai. O espectáculo pode ser visto na Praça Hub Criativo do Beato, Travesso do Grilo, 1, em Lisboa.

Do programa consta: 19h30-21h30 – jantar; 21h30 – peça de teatro.

As reservas podem ser feitas para o telefone 935 399 676.



“Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...”

Texto extraído do site Wook.pt

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Escrito nos Livros – Julian Barnes


“«Depois chegaram os caminhos de ferro a toda a Europa. E qual era a função principal deles? Era, como quer Ruskin quer Flaubert assinalaram, permitir que as pessoas fossem de A a B, de modo que pudessem ser igualmente estúpidas umas com as outras em diferentes lugares. Parafraseio as palavras deles. Era uma coisa perfeitamente assumida que o avanço tecnológico traria benefícios morais; os caminhos de ferro não trouxeram nenhum. Tal e qual como vai acontecer com a Internet. Absolutamente nenhum benefício moral.»”

Fala de Elizabeth Finch, no livro, com o mesmo título, de Julian Barnes. Quetzal Editores, 2022.

A escolha de Elisabete Caramelo

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Palavras que não mudaram o Mundo

Fazer o que ainda não foi feito

A propósito de sociedades secretas, de forças ocultas e de jogos de poder e de influência, só tenho a dizer que acredito, até prova em contrário, na bondade e na boa-fé de toda a gente.

Se todos esses cidadãos se escondem em nome de uma boa causa, com o desígnio de praticar o bem e salvar o mundo, boas razões terão para o fazer.

Não há melhor filantropo do que aquele que faz o bem sem alarde.

O que eu vou verificando, contudo, é que os que praticam o bem às claras e os que o fazem na obscuridade andam a ter pouco sucesso. O mundo, ingrato, parece, a despeito de tantos e tão bons esforços, parece querer ignorar uns e outros e afundar-se cada vez mais.

Melhor seria, digo eu, se os da claridade e os da escuridão unissem esforços, mesmo que numa espécie de penumbra, para fazer o que ainda não foi feito.

Salvador Peres, Novembro de 2022


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                       Na minha cidade há um Rio



Uma nova rubrica do Blogue Synapsis focada no Rio Sado, em múltiplas abordagens através da palavra, da fotografia, da pintura e do desenho.

Esta semana, uma fotografia de Alexandre Murtinheira intitulada “Entre Sombras”. A fotografia foi tirada na zona industrial da Mitrena, em local que serve de “cemitério” de embarcações. No caso presente, a foto mostra um dos icónicos barcos que fizerem, durante décadas, o percurso Setúbal-Tróia, levando milhares de pessoas até aos areais das praias da península de Tróia.

Fotografia de Alexandre Murtinheira. Texto de Salvador Peres

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