Américo Ribeiro – o fotógrafo que mostrou Setúbal ao mundo

Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:

 

- Américo Ribeiro – o fotógrafo que mostrou Setúbal ao mundo

“O fotógrafo testemunhou e documentou momentos históricos da cidade, como a chegada da luz eléctrica, em 1930, a inauguração da estátua de Luísa Todi, três anos depois, as grandes inundações provocadas pelo ciclone de 1941, a visita da rainha Isabel II, em 1957, e mesmo a construção do Estádio do Bonfim — sem deixar de fora o registo do quotidiano dos cidadãos anónimos que enchiam as marchas, os bailes, as procissões ou o dia comum de vendedores ambulantes, de pescadores, saltimbancos ou dos amola tesouras...”

 

- Setúbal recupera usufruto da Comenda

No passado dia 16 de Janeiro, a Câmara Municipal de Setúbal retirou as vedações que cercavam ilegalmente o Parque de Merendas da Comenda há mais de um ano.

A acção foi possível depois da declaração, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, considerando a área do domínio público hídrico.


- Sair de casa

Conversa com o artista plástico Nuno David sobre o impressionista Claude Monet.

29 de Janeiro, 16h00, Casa da Cultura, Sala José Afonso.

Uma organização de 50 Cuts.

 

PRELÚDIOS DA PRIMAVERA | TRANSFORMAR O CORPO | DESAFIAR O MEDO

De 24 de Janeiro a 4 de Fevereiro, o MAEDS apresenta a reposição de mostra fotográfica (27 fotografias) sobre o Carnaval de Sesimbra dos anos de 2006 e 2007, da autoria da artista Rosa Nunes.

 

- Na Espuma dos Dias – O fino traço de Alberto Pereira

Desenhar os claustros da Igreja de Nossa Senhora da Anunciada é uma viagem ao passado, um lugar que me diz muito e que ajudou a moldar o nosso crescimento durante a nossa juventude. As vivências nos escuteiros, foram mais que muitas e testemunhadas pelas pedras que desenho.

 

- Escrito nos Livros – “Gravidade Zero” – Woody Allen

“Há quinze dias, o Abe Moscowitz caiu morto de ataque cardíaco e reencarnou sob a forma de lagosta. Apanhado numa armadilha ao largo da costa do Maine, foi expedido para Manhattan e despejado no tanque de uma marisqueira fina do Upper East Side.”

 

- Palavras que não mudaram o mundo - O que foi dito, dito está

Mas olhe que as citações nada mais são que citações: não acrescentam um átomo que seja à realidade. O que foi dito, dito está. Depois, é preciso viver as coisas. E a humanidade nunca foi de agir segundo máximas bonitinhas, mesmo quando debitadas por grandes pensadores.

 

- A música que se ouve por cá – António Zambujo, Buba Espinho e Miguel Araújo

Esta semana destacamos dois temas musicais de uma grande beleza poética e melódica, executados por três excelentes intérpretes: “No Rancho fundo”, com António Zambujo e Miguel Araújo e “Roubei-te Um Beijo”, com Buba Espinho e António Zambujo.

 

- Na minha cidade há um Rio – Uma aguarela de Nuno David

A foz do Sado vista do Convento Velho da Arrábida. A maravilhosa aguarela artística do pintor Nuno David.

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Américo Ribeiro,

o fotógrafo que mostrou Setúbal ao mundo


“Américo Ribeiro foi um dos pioneiros do fotojornalismo em Portugal. Foi fotógrafo do jornal O Setubalense e correspondente de vários títulos nacionais, nomeadamente do Diário de Notícias, logo a partir de 1929, e ainda d'O SéculoA BolaCorreio da ManhãDiário Popular e Diário de Lisboa.

O fotógrafo testemunhou e documentou momentos históricos da cidade, como a chegada da luz eléctrica, em 1930, a inauguração da estátua de Luísa Todi, três anos depois, as grandes inundações provocadas pelo ciclone de 1941, a visita da rainha Isabel II, em 1957, e mesmo a construção do Estádio do Bonfim — sem deixar de fora o registo do quotidiano dos cidadãos anónimos que enchiam as marchas, os bailes, as procissões ou o dia comum de vendedores ambulantes, de pescadores, saltimbancos ou dos amola tesouras...



Américo Augusto Ribeiro nasceu em Setúbal a 1 de Janeiro de 1906. Iniciou o seu contacto com a arte fotográfica através do proprietário de um estúdio fotográfico de Setúbal, Alberto Sartoris, em cuja montra, em 1922, expôs as suas primeiras fotografias.

O acolhimento do seu trabalho levou-o a iniciar um percurso, que nunca mais abandonou, de registo fotográfico da cidade, da sua vida, dos seus monumentos, e dos seus eventos sociais, políticos e desportivos.



A par disso desenvolveu atividade comercial como fotógrafo, com um estúdio em Setúbal, no n.º 9 do Largo da Conceição, na Foto Cetóbriga, entre 1936 e 1984, e outro em Sesimbra, na Rua Cândido dos Reis, Foto Ameri, entre 1960 e 1979).

O espólio fotográfico de Américo Ribeiro, constituído por 142 mil espécimes, encontra-se depositado no Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro, da Câmara Municipal, instalado na Casa de Bocage, edifício onde nasceu o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.

Américo Ribeiro faleceu a 10 de julho de 1992, com a idade de 86 anos.”




Fonte: Câmara Municipal de Setúbal


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Setúbal recupera usufruto da Comenda



No passado dia 16 de Janeiro, a Câmara Municipal de Setúbal retirou as vedações que cercavam ilegalmente o Parque de Merendas da Comenda há mais de um ano.

A acção foi possível depois da declaração, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, considerando a área do domínio público hídrico.

A 10 de Outubro de 2022, denunciava-se no Blogue Synapsis o escândalo do arame farpado na Comenda. “O arame farpado continua a morder as áleas verdejantes da Comenda. Em nome de quê e escudado em que leis, não se sabe ao certo. O sacrossanto direito privado, alegando potencial invasão danosa de propriedade, pesquisas arqueológicas e sabe-se lá que mais, tornou aquele lugar lindíssimo, outrora romagem das gentes de Setúbal, numa espécie de campo de concentração.”

Cumprido o objectivo de devolver a Comenda aos setubalenses, há que felicitar a CMS pela acção determinada e corajosa levada a cabo. Processo desenvolvido, nas palavras do presidente da autarquia sadina, “no cumprimento todos os processos que a lei obriga e passado o tempo necessário após a notificação à empresa proprietária da Herdade da Comenda para retirar as vedações de forma voluntária”.



Pena é que, recuperado o usufruto do Parque de Merendas da Comenda, fique ainda uma horrível vedação a delimitar toda a zona envolvente da Comenda. A cerca avança numa larga geografia, que parte da Nacional 10-4, corre ao longo do Caminho Municipal 1056, subindo à Quinta dos Moinhos, na fronteira com o Forte de São Filipe, desaguando na Nacional 10. E desta, ainda sobe à Capela de São Luís, na encosta sul da serra. O arame farpado da cerca encima uma vedação metálica, com rede de malha industrial. Essa rede, ilegal, impossibilita o corredor ecológico que permite a passagem de mamíferos de pequeno e médio porte, como genetos, texugos, doninhas, raposas, coelhos, que ficam encurralados, ou tentam passar pela malha apertada e morrem a tentar.

Saudações à autarquia setubalense por esta corajosa iniciativa que devolveu o usufruto de um lugar, que, há décadas, é espaço de lazer e convívio dos setubalenses com a natureza.

Texto: Salvador Peres

Fotografias: Site CMS e José Alex Gandum

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Sair de casa

Conversa com o artista plástico Nuno David sobre o impressionista Claude Monet.

29 de Janeiro, 16h00, Casa da Cultura, Sala José Afonso.

Uma organização de 50 Cuts.


PRELÚDIOS DA PRIMAVERA | TRANSFORMAR O CORPO | DESAFIAR O MEDO

De 24 de Janeiro a 4 de Fevereiro, o MAEDS apresenta a reposição de mostra fotográfica (27 fotografias) sobre o Carnaval de Sesimbra dos anos de 2006 e 2007, da autoria da artista Rosa Nunes.




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Na Espuma dos Dias – 

O fino traço de Alberto Pereira


Desenhar os claustros da Igreja de Nossa Senhora da Anunciada é uma viagem ao passado, um lugar que me diz muito e que ajudou a moldar o nosso crescimento durante a nossa juventude. As vivências nos escuteiros, foram mais que muitas e testemunhadas pelas pedras que desenho.

Alberto Pereira nasceu em Setúbal, onde teve uma infância alegre, quando a rua ainda era um local de brincadeira, mas foi a entrada nos escuteiros que mais marcou a sua juventude e crescimento. Fora da sua actividade profissional (auditor de qualidade), encontra espaço para ocupar o seu tempo com o que verdadeiramente o realiza - ler, ouvir música, tocar, pintar e, recentemente, revela interesse pela arte de filmar e fotografar.

O fascínio pelo desenho e pela pintura, fruto de influência materna e paterna, começou ainda em criança.

Inscreve-se na escola naturalista, é um retratista do lugar. As suas telas e desenhos congelam o instantâneo, num registo afável e sereno, que convida a visitar o lugar.

A paixão pelo desenho a traço foi retomada após anos de interrupção, sucedendo a uma fase dedicada à pintura a óleo e a acrílico.

Tem participado em inúmeras exposições individuais e colectivas e a sua obra encontra-se já representada, não só em Portugal, como também em outros países

Na sétima arte, os seus filmes têm sido seleccionados para alguns festivais de curtas metragens, onde já ganhou alguns prémios, como co-realizador.

Na música, integra o grupo e-Vox.

É membro do Synapsis.


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Escrito nos Livros – 

“Gravidade Zero” – Woody Allen


Há quinze dias, o Abe Moscowitz caiu morto de ataque cardíaco e reencarnou sob a forma de lagosta. Apanhado numa armadilha ao largo da costa do Maine, foi expedido para Manhattan e despejado no tanque de uma marisqueira fina do Upper East Side. No tanque encontravam-se várias outras lagostas, uma das quais o reconheceu.

- Abe, és tu? – perguntou a criatura, de antenas no ar.

- Quem fala? Quem é? – perguntou Moscowitz, ainda atordoado com a mística autópsia àa três pancadas que o metamorfoseara em crustácio.

- Sou eu, pá, o Moe Silverman – esclareceu a outra lagosta.

- Meu Deus! – assobiou Moscowitz, ao reconhecer a voz de um velho colega de gin-rummy. – Como é que é, pá?

- Renascemos – explicou Moe. – Sob a forma de lagosta de quilo.

- Lagostas? É nisto que eu acabo depois de levar uma vida de justo? Num tanque da Terceira Avenida?

(…)



"Gravidade Zero", de Woody Allen. Edições 70, 2022

A escolha de Salvador Peres

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Palavras que não mudaram o mundo

O que foi dito, dito está

Mas olhe que as citações nada mais são que citações: não acrescentam um átomo que seja à realidade. O que foi dito, dito está. Depois, é preciso viver as coisas. E a humanidade nunca foi de agir segundo máximas bonitinhas, mesmo quando debitadas por grandes pensadores. Para além de que o nosso amigo Kant era um provinciano: um tipo de vistas curtas que nunca pôs os pés fora da terrinha onde nasceu e viveu. Conhecesse ele estes tempos da pós-modernidade e da pós-verdade, e acontecia-lhe arranjar uma contractura dolorosa no princípio da legislação universal.

Salvador Peres, Janeiro 2023


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A música que se ouve por cá

António Zambujo, Buba Espinho 

e Miguel Araújo

Esta semana destacamos dois temas musicais de uma grande beleza poética e melódica, executados por três excelentes intérpretes: “No Rancho fundo”, com António Zambujo e Miguel Araújo e “Roubei-te Um Beijo”, com Buba Espinho e António Zambujo.


O primeiro, “No Rancho fundo”, é um momento sublime, com a junção das vozes cheias de sonoridade de António Zambujo e Miguel Araújo, fixado no Coliseu do Porto, em Fevereiro de 2016, aquando de uma digressão de Miguel Araújo.

https://www.youtube.com/watch?v=5ZZoqjMma1w&ab_channel=Ant%C3%B3nioZambujo%26MiguelAra%C3%BAjo



O segundo, “Roubei-te Um Beijo”, um videoclip gravado no rio Guadiana, nas margens do grande lago formado pela albufeira do Alqueva, em plena planície alentejana.

Buba Espinho - Roubei-te Um Beijo. Com António Zambujo

https://www.youtube.com/watch?v=vrnEBP17GW8&ab_channel=BubaEspinho

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Na minha cidade há um Rio

Uma aguarela de Nuno David


A foz do Sado vista do Convento Velho da Arrábida. A maravilhosa aguarela na arte do pintor Nuno David.


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