As palavras que eu sou. Novo livro de Manuel Medeiros/Resendes Ventura
Esta semana, o Blogue Synapsis destaca:
- As palavras que eu sou. Novo livro
de Manuel Medeiros/Resendes Ventura
No
passado mês de dezembro foi colocado nas livrarias o livro As Palavras que
eu Sou, um conjunto de poemas inéditos de Manuel Medeiros, livreiro na
cidade de Setúbal por mais de 40 anos, assinado com o seu pseudónimo Resendes
Ventura.
- Arrábida
- Pelos caminhos do Xico das Saias
"Arrábida - Pelos caminhos do Xico das
Saias" é o mote da primeira caminhada Synapsis de 2023, que vai ter no
dia 12 de Fevereiro.
A caminhada não tem custos, mas obriga a inscrição
prévia até ao dia 10 de Fevereiro.
As inscrições devem ser feitas para o endereço de email
synapsis11@gmail.com
- Na
Espuma dos Dias - Uma nova rubrica do Blogue Synapsis dedicada à arte e aos
artistas.
Esta semana, o pintor Nuno David e o pianista António Rosado.
- Escrito nos Livros – “Pessoa. Uma biografia” - Richard
Zenith
“A
cidade de Durban, racialmente tripartida, com as suas imbricadas subdivisões
por linhas sociais, económicas e religiosas, pode ter sido precisamente o
espaço de gestação do espírito de tolerância que marcou o pensamento tanto de Pessoa
como de Gandhi, sendo que ambos acreditavam que a verdade é tão variável como
as pessoas que vivem pela verdade.”
- Palavras que não mudaram o mundo - Essa
estranha obsessão humana de dividir
Acredito
que esta espécie mortal, imperfeita e cheia de contradições será, um dia, capaz
de vencer as distâncias inimagináveis que se lhe apresentam no horizonte
cósmico, para onde quer que se vire, e chegar a outros mundos, talvez habitados
por seres dotados de outras formas de inteligência, outras competências, outras
formas de ver e pensar.
- A música que se ouve por cá - Carlos Santana
& Cindy Blackman Santana e A Global Event for the Environment /
Desta
vez trago-lhe algo bastante diferente: a recriação de cancões e temas
reconhecíveis, feito pelos seus autores e outros instrumentistas espalhados em
redor do nosso planeta, criando versões muito interessantes e em prol de um
mundo melhor: Mais actual que nunca, infelizmente.
- Na minha cidade há um Rio - Águas de
Janeiro
O Rio Sado nas suas múltiplas faces,
multifacetado e surpreendente. Na fotografia, numa manhã luminosa de Inverno,
um barco de pesca vem chegando à Doca dos Pescadores de Setúbal.
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Novo livro de Manuel Medeiros/Resendes Ventura
No
passado mês de dezembro foi colocado nas livrarias o livro As Palavras que
eu Sou, um conjunto de poemas inéditos de Manuel Medeiros, livreiro na
cidade de Setúbal por mais de 40 anos, assinado com o seu pseudónimo Resendes
Ventura.
Manuel
Medeiros publicou o seu primeiro livro de poesia em 1963, mas começou a
escrever na década anterior, ainda jovem estudante no seminário, com o apoio do
Professor José Enes e do escritor Ruy Galvão de Carvalho.
Durante
as décadas seguintes, já em Setúbal, publicou mais três livros, mas deixou
muito mais poesia inédita. É essa poesia que agora se inclui no livro As
Palavras que Eu Sou, em edição da Letras Lavadas.
Resendes
Ventura é um poeta que atravessa cinco décadas, marcando o seu percurso poético
através de uma voz singular e expressiva cujo lugar na história da literatura
como que tem estado a aguardar a saída deste livro. Pelo imaginário lírico que suscita,
a sua pertinência é relevante. Muitas são as vozes poéticas e culturais
convocadas e evocadas, muitos os ambientes desenhados.
O livro
contém mais de 500 poemas arrumados por decénios, deixando ver uma voz lírica
que não esconde nem mascara sentimentos, expondo-se despida de encobrimentos: homem
inteiro que não soube nem quis afastar da sua poesia afetos, infortúnios,
prazeres, inseguranças, alegrias, tristezas, dissabores, doenças, desenganos,
fidelidades, amores, oscilando entre as raízes pessoais, quer humanas quer
vindas da mãe-natureza, e os frutos que ao longo da vida foi colhendo.
Tem sido surpreendente
para os leitores que tiveram já o ensejo de contactar com esta obra, a
descoberta de que existiu da parte do poeta um trabalho continuado de escrita
que, colocado em contraponto com o seu trabalho édito, faz deste último uma
porta de entrada para esta coletânea.
Fátima Ribeiro de Medeiros
Olhos cegos
Oh! Tempo sem fim!
Meu irrecuperável
tempo do destino
Em que possa
escrever-se a Liberdade!
Sem luz é que
pode haver a treva que permita
Aos invisíveis
lugares oferecer-me
Os projetos da
paz em construção.
Se cego hoje
Não dar ao que passa
a consistência
Do que há de ser
Nem mesmo crer em
pontos de passagem
Entre o fui e o
serei.
A minha realidade
não é minha e ultrapassa
Quando ouço e
digo, inscrevo.
É ela que me
inscreve nos meus dias em que sou
A outra luz que
as trevas significam
Aos olhos cegos
do momento verdadeiro
Que rouba ao
tempo todo o seu poder.
Resendes
Ventura
"Arrábida - Pelos caminhos do
Xico das Saias" é o mote da primeira caminhada Synapsis de 2023, que vai ter lugar no Domingo,
dia 12 de Fevereiro.
Trata-se de um percurso na encosta norte da Serra da Arrábida, com início e fim na Fonte de S. Caetano, passando pelo Pinheiro da Velha, na direcção da Mata do Vidal, embrenhados por veredas, na densa vegetação, nos arrabaldes da Zambézia, Parque de Campismo do Barreiro...
Xico das Saias, já desaparecido, foi uma personagem
real que viveu, na condição de quase eremita, durante décadas, na encosta norte
da Serra. Uma personagem enigmática, com uma história que merece ser contada.
Uma história que o nosso guia de sempre, Nuno David, não deixará de contar.
Programa
09h00 - Concentração junto à Fonte de S. Caetano (ver
link)
09h30 - Início da caminhada
12h00 - Fim da caminhada
A caminhada não tem custos, mas obriga a inscrição prévia até ao dia 10 de Fevereiro.
As
inscrições devem ser feitas para o endereço de email synapsis11@gmail.com
à arte e aos artistas
Nuno David é natural de Angola e vive
em Setúbal há cerca de 40 anos.
Estuda Artes Plásticas desde 1967, ano
em que expõe pela primeira vez.
Na sua pintura utiliza os mais
diversos materiais e técnicas como óleo à espátula e pincel, acrílico e pastel,
mas é sobretudo na aguarela que mais gosta de se exprimir.
Está representado em diversas coleções institucionais e particulares em Portugal e no estrangeiro, designadamente em Espanha, Itália, Brasil, Japão e Áustria, destacando-se a existência de três obras de sua autoria no acervo de arte do Museu da Presidência da República, em Lisboa, sob temática alusiva a Os Lusíadas. Está ainda presente nos acervos do Museu da Cidade de Setúbal, Convento de Jesus, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, na Universidade de Évora, na Secretaria Regional do Ambiente dos Açores, na Horta, na Câmara Municipal de Palmela, no Instituto Politécnico de Setúbal e no Clube Setubalense.
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António Rosado
Pianista dedica álbum
ao compositor espanhol Enrico Granados
O disco inclui a suíte “Goyesca”, que Granados
compôs em 1911, depois de observar as telas homónimas de Francisco Goya
(1746-1828). Duas das peças tocadas por Rosado tomam o título de uma das telas
de Goya, “El Amor y la Muerte”, da sua série “Caprichos”, e outra, “El Pelele”,
de um cartão de Goya para tapeçaria.
Rosado inclui no alinhamento o ‘intermezzo’ da ópera
em um ato “Goyescas”, que Granado compôs a partir da suíte para piano, em 1915.
O pianista António Rosado estreou-se, em concerto,
em 1980, com a Orquestra Nacional de Toulouse (França). O seu repertório
pianístico integra obras de compositores tão diferentes como George Gershwin,
Aaron Copland, o também espanhol Albéniz, Liszt, além de Mozart e Beethoven,
dois compositores de quem interpretou todas as sonatas.
Rosado tocou em palco pela primeira vez aos quatro
anos. Fez os primeiros estudos musicais com o pai, antes de entrar no
Conservatório Nacional de Música de Lisboa, onde terminou o curso superior de
Piano com 20 valores. Aos 16 anos matriculou-se no Conservatório Superior de
Música de Paris onde foi aluno de Aldo Ciccolini, com quem já tocou em palco.
Fonte: SAPO MAG /
LUSA
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Escrito nos Livros
“Pessoa. Uma biografia” - Richard Zenith
“A cidade de Durban, racialmente tripartida, com as suas imbricadas
subdivisões por linhas sociais, económicas e religiosas, pode ter sido
precisamente o espaço de gestação do espírito de tolerância que marcou o
pensamento tanto de Pessoa como de Gandhi, sendo que ambos acreditavam que a
verdade é tão variável como as pessoas que vivem pela verdade.”
Pessoa. Uma biografia, de Richard Zenith, Quetzal Editores, 2022
A escolha de Elisabete Caramelo
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Palavras que não mudaram o mundo
Essa estranha obsessão humana de dividir
Acredito que esta espécie mortal, imperfeita e cheia de contradições
será, um dia, capaz de vencer as distâncias inimagináveis que se lhe apresentam
no horizonte cósmico, para onde quer que se vire, e chegar a outros mundos,
talvez habitados por seres dotados de outras formas de inteligência, outras
competências, outras formas de ver e pensar.
Quem sabe, seres que tenham abolido essa estranha obsessão humana de
dividir, separar, rotular e segregar quem se lhe afigura estranho e diferente.
Salvador Peres, Janeiro 2023
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A música que se ouve por cá
Carlos Santana & Cindy Blackman Santana e
A Global Event for the Environment
Desta vez trago-lhe algo bastante diferente: a recriação de cancões e
temas reconhecíveis, feito pelos seus autores e outros instrumentistas
espalhados em redor do nosso planeta, criando versões muito interessantes e em
prol de um mundo melhor: Mais actual que nunca, infelizmente.
Oye Como Va ft. Carlos Santana & Cindy Blackman Santana: https://youtu.be/NJZW8U9bbmM
When The Levee Breaks feat. John Paul Jones: https://youtu.be/LH0-WXUFY2k
Mas o programa merece ser completamente visto/ouvido:
Peace Through Music, A Global Event for the Environment | 200
artistas de 58 países. Eis Play for change, Peace through music (2021): https://youtu.be/VJTSmDqH9xk
As escolhas de Eduardo Carqueijeiro
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Na minha cidade há um Rio
Já lá vem peixe
Na minha cidade há um Rio - Já lá vem peixe
O Rio Sado nas suas múltiplas faces, multifacetado e surpreendente. Na fotografia, numa manhã luminosa de Inverno, um barco de pesca vem chegando à Doca dos Pescadores de Setúbal.
Salvador Peres
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