Luciano dos Santos - Um notável entre ilustres
Esta semana, no Blogue Synapsis
Em
Destaque
Luciano dos Santos - Um notável entre
ilustres
Escrito nos Livros
O Dever de Deslumbrar
Biografia de Natália Correia – Filipa Martins
Palavras que não mudaram o mundo
O povo não tem ideologia
A música que se ouve por cá
Lea Desandre e Stevie Wonder
Vamos ao cinema
Cinema Paraíso
Na minha cidade há um Rio
Figueirinha na vazante
Comer Bem
Restaurante A Caçoila - Oeiras
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Luciano dos Santos - Um notável entre ilustres
Luciano dos
Santos, autor do célebre “Tríptico dos Setubalenses Ilustres”, que dá notoriedade e solenidade ao Salão Nobre da
Câmara Municipal de Setúbal, nasceu em Setúbal, na freguesia de S. Sebastião, a
25 de Março de 1911.
Pintor e
professor, pertenceu à segunda geração de pintores modernistas portugueses, mestre
na paisagem, distinguiu-see sobretudo na expressão pictórica de espaços
urbanos, onde é visível a variedade humana e o intenso colorido.
Em 1929, com
apenas 18 anos de idade, expôs, pela primeira vez, trabalhos de pintura e
desenho no então cineteatro Luísa Todi. Nesse mesmo ano, matriculou-se na disciplina
de pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, tendo concluído o
curso em 1937.
Foi, entre
1939 e 1945, professor do ensino técnico profissional nas Escolas Industriais
de João Vaz, em Setúbal, e Machado de Castro e Afonso Domingues, em Lisboa.
Em 1951, foi
bolseiro do Instituto para a Alta Cultura em França (Paris), Bélgica (Bruges,
Bruxelas…) e Holanda (Roterdão, Amesterdão…).
Em Portugal,
realizou várias exposições individuais nas cidades de Lisboa, Porto, Setúbal,
Coimbra, Guimarães, Amarante, Alcobaça, entre outras. Em Espanha, expôs em
Madrid, Barcelona e Palma de Maiorca.
Em 1982,
integrada na exposição sobre a arte portuguesa da década de 1940, expôs a sua
obra na Fundação Calouste Gulbenkian.
Luciano dos Santos está representado em inúmeras colecções públicas e particulares, destacando-se a presença das suas obras nos museus de Arte Contemporânea/Museu do Chiado, Cidade de Lisboa, José Malhoa, Arte Moderna de Madrid, Soares dos Reis, Fundação Casa de Bragança, embaixadas do Brasil, em Lisboa, do Japão, em Madrid, Moscovo, Berlim, Berna, Londres...
Crónica de
Salvador Peres
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Escrito nos Livros
O Dever de Deslumbrar
Biografia de Natália Correia – Filipa Martins
A biografia da
polémica poetisa Natália Correia (1923-1993), no ano do seu centésimo
aniversário, foi apresentada na semana passada, na Sociedade Portuguesa de
Autores (SPA), em Lisboa. A obra foi apresentada pela escritora Lídia Jorge, e
contou com a presença da autora, a jornalista e escritora Filipa Martins, o
editor Rui Couceiro e um representante da SPA. Posto à venda no passado dia 16
de Março, o livro já conta com uma 2ª edição, estando no primeiro lugar de
vendas de obras de não-ficção nas principais livrarias.
Pelas palavras
de Filipa Martins, "intimidando pela verve de aríete e pela beleza,
Natália Correia simbolizou, como poucos, as inquietações do século XX
português. Mulher deslumbrante e carismática, equiparada às maiores pensadoras
europeias e às estrelas de Hollywood, atacou o Regime onde mais lhe doía - na
moral caduca -, elegeu o erotismo como arma política e tornou-se a autora mais
censurada da ditadura. Já no bar que fundou em Lisboa (O Botequim) fez e desfez
governos à batuta da sua boquilha".
Filipa Martins é jornalista e escritora premiada nos vários romances que já publicou, sendo ainda argumentista de séries televisivas que passaram recentemente na RTP.
'O Dever de Deslumbrar', de Filipa Martins, Editora Contraponto, 695 páginas, 2023
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Palavras que não mudaram o mundo
O povo não tem ideologia
A música que se ouve por cá
Lea Desandre e Stevie Wonder
Lea
Desandre canta Händel
A
mezzo-soprano Lea Desandre, nascida em 1993, fez a sua estreia como
cantora de ópera em 2016, cantando Medea, de Luigi Cherubini, tendo sido distinguida
com o Prémio HSBC no Festival de Ópera de Aix-en-Provance. Em 2017, foi
reconhecida como "Artista Lírica Revelação" no evento "Victoires
de la musique classique 2017". Em 2018, ganhou o "Prémio Jovem
Solista" concedido anualmente pelas quatro principais emissoras públicas
de língua francesa. Cantora mezzo barroca, Lea Desandre não se reduz ao
reportório do século XVII, abordando, também, o período clássico".
Escolhemos
a interpretação de Lea Desandre do trecho “The triumph of time and truth”, do
compositor alemão Georg Friedrich Händel, acompanhada pelo agrupamento Jupiter Ensamble.
https://www.youtube.com/watch?v=R1D3y_y4Kwo&list=RD3C322CzORgc&index=3&ab_channel=WarnerClassics
Stevie
Wonder canta Yester-Me, Yester-You, Yesterday
"Yester-Me,
Yester-You, Yesterday" é uma composição da autoria de Ron Miller e Bryan
Wells, lançada pelo cantor, compositor e músico norte-americano Stevie Wonder,
no álbum “My Cherie Amour”, em 1969. A canção alcançou o sétimo lugar no top de
singles pop, tornando-se o nono single Top 10 de Stevie Wonder da década de
1960. A canção obteve ainda maior sucesso no Reino Unido, onde chegou a número dois,
em novembro de 1969.
Stevie Wonder (de nome próprio Stevland Judkins Morris) é um cantor e compositor norte-americano, nascido a 13 de maio de 1950, em Saginaw, no Michigan. Começou a gravar com apenas 11 anos, sob a designação Little Stevie Wonder. Apesar de invisual de nascença, nunca este facto obstou à sua afirmação precoce como uma das principais figuras da música norte-americana.
https://www.youtube.com/watch?v=2T3m9PWN6B8&ab_channel=JudePathrose
A escolha de Salvador Peres
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Vamos ao cinema
Cinema Paraíso - de Giuseppe Tornatore
'Cinema Paradiso', no original, é um filme
franco-italiano de 1988, que estreou em Portugal em 1990, ano em que ganhou o
Óscar da Academia de Hollywood, nos EUA, para Melhor Filme Estrangeiro.
É um filme que conta a história de uma criança que
adorava os bastidores da projeção de filmes num tempo (anos 50 no Sul de
Itália) em que a tecnologia de projeção de películas ainda não estava muito
avançada, ou pelo menos, as salas de cinema da província profunda não tinham
meios modernos.
O filme, no fundo, faz a história dos grandes e
importantes cinemas das cidades médias e pequenas dos países do Sul da Europa,
as quais caíram no abandono quando no fim dos anos 70 surgiram as multi salas
de cinema nos novíssimos centros comerciais. Muitas daquelas salas de cinema
foram abandonadas e demolidas mais tarde, como a do filme.
Já não é fácil ver 'Cinema Paraíso' no grande ecrã.
Mas no Verão de 2021, o Cinema Luísa Todi projectou o filme para uma sala cheia
de cinéfilos. 'Cinema Paraíso' é o "Filme da Minha Vida" para
muitas pessoas, de todas as idades, pois ninguém fica indiferente à história e
ao desempenho do pequeno Totó e do velho projecionista, Alfredo.
A realização é de Giuseppe Tornatore e a música de
Ennio Morricone.
A escolha de José Alex Gandum
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Na minha cidade há um Rio
Figueirinha na vazante
Salvador Peres
Restaurante A Caçoila - Oeiras
Há várias razões pelas quais me apetece falar da “Caçoila” (restaurante em Oeiras), sendo que uma delas é, seguramente, porque se come bem, mas talvez nem seja essa a razão principal. Na “Caçoila” a comida tem sempre boa apresentação, e confirmo, os olhos também comem, e deixam-me sempre com a irresistível vontade de comprovar que o sabor está em sintonia com o aspecto. E não desilude, porque das vezes em que lá fui, e foram muitas, a qualidade esteve sempre acima da média. Aprecio a diversidade gastronómica, e não enjeito a experimentação, mas quando falamos de comida tradicional, bons produtos, uma cozinha lenta feita por quem a respeita e um serviço atento, é o menu a que aspiro e me conforta. Na “Caçoila” há um serviço atento e simpático, sem ser subserviente, e uma vasta lista de petiscos além das recomendações dos pratos do dia que nos tentam.
A decoração da sala principal interior é típica (alentejana), criando um ambiente descontraído, mas o que verdadeiramente aprecio, é o seu espaço exterior, a sua esplanada! Estamos num pequeno pátio, com algumas flores e pequenas árvores, e com videiras que nos protegem do sol, ou afortunadamente nos oferecem o espectáculo dos seus magníficos cachos em suspensão sobre as nossas cabeças, como se fora a bucólica casa sonhada da província. Neste país, à beira-mar plantado, de tão afamado clima, em que tanto apreciamos, e bem, “comer fora”, nem sempre valorizamos convenientemente os espaços exteriores dos restaurantes. Mas a experiência é sempre melhor aí, e na “Caçoila” só tenho pena que não se possa desfrutar o ano todo.
A sugestão de João Coelho
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