Mitrena – Onde as ostras deram lugar à indústria pesada

 


Mitrena
Onde as ostras deram lugar à indústria pesada

O Estuário do Sado, na zona onde está instalada a Lisnave e a defunta Eurominas, outrora um dos maiores bancos naturais de ostras, que viveu o seu apogeu no final dos anos 60, viu desaparecer das suas águas esse importante recurso natural que dava emprego e criava riqueza junto da comunidade piscatória local.


A indústria pesada, que invadiu a zona da Mitrena nos anos 70 do século passado, destruiu por completo o habitat natural das ostras, arruinando, durante décadas, o negócio da ostreicultura.




Foi por esse espaço mártir, onde se erguem, numa área de muitos hectares, dantescos monumentos à insanidade ambiental, que deambularam os participantes de mais uma caminhada synapsis.

 

Texto: Salvador Peres

Fotografias: José Alex Gandum e Salvador Peres


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As perguntas que sempre quis fazer

mas nunca fiz porque não calhou


Texto: Salvador Peres
Desenho: Alberto Pereira


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Francisco Ferreira, da ZERO,

assinalou o Dia da Terra no MAEDS


O Dia da Terra comemorou-se no dia 22 de Abril. Para assinalar a data, o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) convidou Francisco Ferreira, presidente da Associação ambientalista ZERO, o qual fez uma viagem pelas mais importantes quatro conferências e cimeiras do clima que se realizaram em 2022 e onde Francisco Ferreira esteve presente. Pelo meio, os alertas para a crise climática e para os seus efeitos nas próximas décadas, em especial nos países e nas regiões do globo mais populosas e mais vulneráveis.


Texto e fotografias de José Alex Gandum

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Synapsis doa pintura à Casa-Memória
Joana Luísa e Sebastião da Gama


O quadro “Em Espírito”, da autoria dos pintores Eduardo Carqueijeiro e Nuno David, pintado no decurso das filmagens do filme de Alberto Pereira, “Itinerário – O meu caminho até Sebastião da Gama”, uma produção do grupo Synapsis, foi doado pelos pintores, ambos membros do grupo, à Associação Cultural Sebastião da Gama.


A oferta da obra teve lugar no final da estreia do filme “Itinerário – O meu caminho até Sebastião da Gama”, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal no passado dia 14 de Abril.



A obra agora oferecida à Associação vai juntar-se na Casa-Memória Joana Luísa e Sebastião da Gama ao quadro “Pelo sonho é que vamos”, dos mesmos autores, pintado em 2011, no decurso de um concerto e-Vox evocativo do Poeta da Arrábida.

Texto: Salvador Peres

Fotografias: CMS e João Completo


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Escrito nos Livros


Sefarad, de Antonio Muñoz Molina, 2001

"Sefarad é a pátria de todos os acusados, exilados, banidos, expulsos do seu quotidiano, da sua casa, da sua terra e que, onde quer que estejam, serão   estrangeiros para sempre".

Antonio Muñoz Molina nasceu em Úbeda, na província andaluza de Jáen, em 1956. Mundialmente reconhecido como um dos maiores escritores atuais em língua espanhola, é autor de mais de uma quinzena de romances, duas recolhas de contos, além de numerosos ensaios e escritos jornalísticos. (Wook)

A escolha de Carlos de Medeiros


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Palavras que não mudaram o mundo


Ser ou não ser a priori

Márcio, um kantiano convicto, adepto da tese do idealismo transcendental, que afirma que todos nós carregamos connosco formas e conceitos a priori, estava perplexo com uma questão que parecia contradizer a tese do grande filósofo. A inquietação era suscitada pelo conhecimento de um paradoxo ligado a um seu amigo, Alcino Berto, agora chamado Diva Bianchi, desde que mudara de sexo e se tornara mulher.

Ao mudar de sexo, Alcino Berto, de um ponto de vista puramente transcendental, fiel aos conceitos apriorísticos kantianos, assumido como um ser uno e autêntico, podia considerar-se agora mulher ou continuava a ser homem?

O paradoxo consistia no facto de Aldo Berto, física e mentalmente ser, agora, Diva Bianchi. Mas, a priori, fiel aos princípios kantianos de idealismo transcendental, Diva Bianchi continuar a ser Aldo Berto.

Para Márcio, portanto, das duas uma: ou Kant estava enganado, e seres apriorísticos podem, afinal, sê-lo também a posteriori; ou Aldo e Diva, pese, embora, nascidos do mesmo ovo, acabaram por baralhar as teses do idealismo transcendental.

Infelizmente, trata-se de matéria inconclusiva, só passível de ser esclarecida, in vivo, com Immanuel Kant, não fora o caso do célebre filósofo ter-se finado no Ano da Graça de 1804.

Salvador Peres


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A Música que se ouve por cá

Albinoni e Astor Piazzola


Albinoni: Adagio em Sol menor – Orquestra Gulbenkian

https://www.youtube.com/watch?v=uTQ60hJClnc&ab_channel=Funda%C3%A7%C3%A3oCalousteGulbenkian

Excerto de “Adagio”, de Albinoni, Suite Orquestral n.º 2 inserida no programa ciclo da “Orquestra Gulbenkian e os seus Solistas”. A Orquestra Gulbenkian foi dirigida pelo concertino Bin Chao, que actuou também na qualidade de solista, em violino.



Grace Jones – I’ve Seen That Face Before (Libertango)

https://www.youtube.com/watch?v=nIN3IE3DHqc&ab_channel=GraceJonesVEVO

A canção justapõe "Libertango", um clássico do tango argentino escrito por Astor Piazzolla, contra um som de tango , com letra escrita por Grace Jones e Barry Reynolds . A letra descreve o lado mais sombrio da vida nocturna parisiense. 

A escolha de Diná Lopes Peres


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Na minha cidade há um Rio


Mitrena - Foi um berçário de ostras

Salvador Peres


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