A guerra dos outros
Nunca fui à guerra. Foi à distância que assisti às guerras dos outros. Guerras longínquas, sem ruído, sem cheiro a pólvora, sem a visão do sangue e dos corpos despedaçados. Guerras que me foram entrando na vida por muitas vias e mensageiros. A guerra não pede licença para entrar nas nossas vidas e está sempre presente seja qual for o ângulo de observação pelo qual olhemos o mundo. A História mostra à evidência que a vida do Homem tem sido, desde a alvorada dos tempos, um caminhar no fio da navalha, entre a inevitabilidade do conflito e o desejo de concórdia. Tão certo como nascer e morrer, a guerra de hoje é igual à de ontem e a do futuro não diferirá da do passado.
Entre os humanos luta-se por boas e más razões. Alguns, de forma individual ou em grupo, lutam por causas justas, em defesa do direito à vida, à dignidade, à verdade, à liberdade. Fazem-no, não pelo destemor e destempero agressivo que parece ser a tendência da espécie, mas sim pelo direito a viver em paz e harmonia. Outros, deixam-se instrumentalizar pelo ódio que floresce nas sociedades dominadas por ideologias extremistas, racistas, xenófobas, homofóbicas, geradoras de sentimentos negativos, discriminatórios e preconceituosos.
Como o que ocorre nesta guerra, sem fim à vista, que devora os filhos de duas nações vizinhas.
Salvador Peres
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As perguntas que sempre quis fazer
Mas nunca fiz porque não calhou
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Escrito nos Livros
O caminho para a Solução Final
Peter Longerich
A história completa da Conferência de Wannsee,
a infame reunião que deu origem ao Holocausto.
A 20 de janeiro de 1942, quinze importantes
figuras nazis chegaram a uma luxuosa casa de campo em Wannsee, nos arredores de
Berlim. Convidados por Reinhard Heydrich, conhecido como o carrasco de Hitler,
o propósito da reunião era decidir a «Solução Final para a Questão Judaica» na
Europa.
De acordo com a única cópia da acta da reunião
de que há conhecimento, a ordem de trabalhos incluía a definição exacta de quem
seria eliminado, a discussão sobre como mais de onze milhões de pessoas
deveriam ser deportadas e submetidas a duras formas de trabalho forçado e, por
fim, o debate sobre como os sobreviventes seriam mortos.
Peter Longerich nasceu em 1955 em Krefeld, na
Alemanha. É doutorado em História pela Universidade de Munique, foi professor
de História da Alemanha Contemporânea na Royal Holloway, da Universidade
de Londres, e fundou o Centro de Pesquisa sobre o Holocausto da mesma instituição,
que ainda dirige. É considerado um dos maiores especialistas mundiais no
Holocausto, tendo recebido vários prémios e bolsas de prestígio pela sua
investigação. É autor de vários livros aclamados sobre o tema, nomeadamente as
biografias Goebbels e Heinrich Himmler.
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Palavras que não mudaram o mundo
Fé
A minha falta de fé na natureza humana
é a minha esperança na
natureza humana.
Salvador Peres
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A música que se ouve por cá
Johannes Brahms
Há muito que Brahms queria compor uma sinfonia. Mas a sua intensa actividade levava-o a compor concertos para piano, músicas para cordas, etc. Até que, aos 43 anos, quando já se pensava que tinha desistido, Brahms compôs a sua monumental Primeira Sinfonia, instantaneamente saudada como uma obra-prima suprema.
https://www.youtube.com/watch?v=BRdEgS_OHAk&ab_channel=ClassicalVault1
Francisco Buarque de
Hollanda
"Construção" é
uma canção do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque, lançada em 1971.
Os arranjos, numa
melodia repetitiva, desenvolvida inicialmente sobre dois acordes, são do
maestro Rogério Duprat. A música, no seu desenvolvimento, vai ganhando uma harmonia
mais complexa.
“Construção" narra
a história de um trabalhador da construção civil , no seu último dia de vida, morto no exercício da
sua profissão. A história começa na saída de casa para o trabalho ("Beijou
sua mulher como se fosse a última") até o momento da queda mortal ("E
se acabou no chão feito um pacote flácido").
Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um cantor, compositor, dramaturgo, escritor e actor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira. Na sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos.
Chico Buarque de Holanda
recebeu, a 24 de Abril passado, o Prémio Camões, que lhe foi atribuído em 2019,
numa cerimónia que teve lugar no Palácio Nacional de Queluz, em Sintra.
https://www.youtube.com/watch?v=wBfVsucRe1w&ab_channel=ChicoBuarque-Topic
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As palavras que eu sou
A sessão decorrerá no espaço No Frame – Culsete, na Rua Correia Teles, n.º 86, em Campo de Ourique, Lisboa.
O livro será apresentado por Esaú Dinis e Olegário Paz.
Fátima Ribeiro de Medeiros
Raul Reis, designer e livreiro
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Na minha cidade há um Rio
Ligado à terra
Salvador Peres
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