A aguarela de Nuno David - Postais de Marialva

Postais de Marialva 



Um dia escrevi sobre a pintura de Nuno David: “Talvez seja possível abordar a pintura de Nuno David como uma busca do visível. O Nuno parece procurar, através da precisão do traço e do formalismo das cores, a objectividade possível para a compreensão da estética fugidia do ser.”




A visão destas aguarelas sobre a Vila de Marialva, que o Nuno nos mostra nesta edição do blogue, só vem confirmar a assertividade do que escrevi sobre a sua obra.



Marialva é a terra onde nasceu a mãe do Nuno e onde a família preserva a Casa da Pedra, como é conhecida a habitação ancestral dos avós. Casa da Pedra porque, contrariamente ao que ocorreu com quase todas as casas da vila, mantém as suas paredes exteriores na sua configuração genuína, em pedra, sem reboco. Marialva é lugar de recolhimento e inspiração para o Nuno. E foi numa das suas idas que, munido dos seus pincéis, telas e demais artefactos de pintor, o Nuno pintou estes dez “Postais de Marialva”.




Marialva é uma freguesia portuguesa do município de Mêda. Reconstruída no tempo dos imperadores romanos Trajano e Adriano, era ponto de confluência e cruzamento de vias, entre as quais a via imperial da Guarda a Numão. D. Afonso Henriques concedeu-lhe foral em 1179. Marialva ergue-se num monte rodeado de outeiros e penhascos, numa zona montanhosa e granítica de topografia difícil e irregular que desce até à margem esquerda da ribeira com o mesmo nome. A economia de Marialva baseia-se principalmente na actividade agrícola, tendo como principais produtos a batata, os cereais, o vinho e o azeite.




O Nuno David nasceu em Angola em 1950, mas vive em Setúbal há 45 anos. É engenheiro agrónomo e foi técnico do Parque Natural da Arrábida. Colaborou na construção de uma oficina de arte, onde a permuta de ideias e técnicas o alicerçou e entusiasmou até hoje. Expôs individualmente em Angola e tendo vindo a participar em inúmeras exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro.



Na sua pintura utiliza os mais diversos materiais e técnicas como óleo à espátula e pincel, acrílico e pastel, mas é sobretudo na aguarela que mais gosta de se exprimir.

Salvador Peres


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Palavras que não mudaram o mundo

Ser apenas e apenas ser



Não precisas explicar nem que te expliquem: a vida és tu a viver e esse viver és tu. O nascimento não é um registo lavrado em papel: nascer é quando o corpo acena com os dedos da alma. Explicações não interessam: desenha coisas com sentido, mesmo quando o sentido é proibido. Não precisas explicar nem que te expliquem: enche o espaço e o tempo com os contornos do teu ser,    porque ser assim é que é ser.

Não precisas explicar nem falar nem dizer: só ser apenas e apenas ser.

Salvador Peres

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Escrito nos Livros

O Bode Expiatório - DBC Pierre

 


Vernon Gregory Little está em apuros. As notícias do recente massacre de 16 estudantes na escola secundária que frequenta correm depressa e, em pouco tempo, a recôndita cidade de Martirio, a capital do molho de churrasco do Texas central, é inundada por jornalistas ambiciosos, ansiosos por encontrar um culpado. Eulalio Ledesma, em especial, fareja a oportunidade de se sair bem à custa de Vernon e, à medida que aumenta a compulsão de toda a cidade em encontrar um bode expiatório, Vernon vê-se arrastado para uma série de circunstâncias bizarras.

E é assim que, aos 15 anos, Vernon sucumbe à obra do destino e parte a caminho do México para se encontrar - pelo menos, assim o espera - com a encantadora Taylor Figueroa.

Povoado de personagens grotescas, indivíduos excêntricos, donas de casa cruéis e mexeriqueiras e um adolescente com o talento especial de estar no sítio errado à hora errada, Vernon Little, O Bode Expiatório é a história das turbulentas aventuras de um jovem que desfere um golpe satírico demolidor no coração da América contemporânea.

Distinguido com o Booker Prize 2003 (votado por unânimidade no tempo record de uma hora) e com o Bollinger Everyman Wodehouse for Comic Writing 2003, e apontado como «Uma das 100 Melhores Coisas do Mundo» pela GQ Magazine, Vernon Little, O Bode Expiatório marca uma das estreias literárias mais espectaculares, irreverentes e originais do século XXI.

DBC Pierre é o pseudónimo do escritor Peter Warren Finlay, que nasceu em 1961, na Austrália e cresceu no México. É o autor do livro “Vernon Little, O Bode Expiatório”, que ganhou o prémio Booker Prize 2003.

Fonte: Gradiva

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A música que se ouve por cá

Léo Ferré - Avec le Temps


https://www.youtube.com/watch?v=ZH7dG0qyzyg&ab_channel=L%C3%A9oFerr%C3%A9

Avec le temps, a emblemática e indiscutivelmente mais famosa canção de Léo Ferré, publicada em 1971 , é uma das canções francesas mais regravadas do mundo.

Esta canção sobre o amor desiludido, a fuga dos sentimentos e a trágica experiência do tempo que tudo apaga, é inspirada na própria experiência de vida de Léo Ferré. Ela foi composta após a ruptura do casamento com a segunda mulher, Madeleine, em 1968.



Ennio Morricone - Era uma vez na América

Deborah’s Theme

https://www.youtube.com/watch?v=PuyYc0gINbU&ab_channel=AmitojGautam

A banda sonora do filme foi composta por Ennio Morricone. "Deborah's Theme" foi escrito para outro filme na década de 1970, mas rejeitado; Morricone apresentou a peça a Sérgio Leone, o realizador do filme, que a aceitou para a banda sonora de “Era uma vez na América.”

A escolha de Salvador Peres

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Na minha cidade há um Rio

Sado - Caminhos de Água



Salvador Peres

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