Dias de Silêncio – Primeira ficção de Alberto Pereira

 


Depois de ter no currículo filmes-documentário como “Diamantes no Rio”, “Pátrio Sado” e “Arrábida - o Umbigo do Mundo”, três poemas de amor ao Rio Sado e à Serra da Arrábida, “A Serra de Agostinho”, que trouxe Frei Agostinho da Cruz de volta à sua amada Serra, ou “Itinerário – O meu caminho até Sebastião da Gama”, que convida a conhecer o Poeta de Serra-Mãe, Alberto Pereira lança-se na sua primeira curta-metragem de ficção com “Dias de Silêncio”.

O filme, uma produção synapsis, com estreia marcada para 30 de Setembro, tem guião e banda sonora de Salvador Peres; Nuno David encarna o papel de Frei Martinho de Jesus, a personagem central do filme; João Completo dá voz à narração que acompanha o desenrolar do filme.


A acção centra-se em Martinho de Jesus, um frade de uma ordem mendicante que regressa ao seu convento após uma longa ausência, depois de ter palmilhado mundo, calcorreado terras sem fim, visto gentes tão diferentes e usos e costumes tão estranhos aos seus.

No regresso ao seu amado convento, Martinho de Jesus regressa também à convivência com uma árvore pensativa e perfumada, amiga silenciosa que enche de graça um recanto solitário do convento. Essa árvore, uma romãzeira, para onde conduziam os vagares da sua rotina monacal, volta a ser o seu lugar de silêncio, paz e meditação.

 


Missionário, evangelista, peregrino e romeiro, Martinho de Jesus volta, anos passados, ao ponto de partida, partilhando com a sua amiga romãzeira o significado desse longo caminhar pelas quatro partidas do mundo: Que caminhar foi aquele? O que buscou? O que encontrou? 


Texto e fotografias de Salvador Peres

Cartaz de Alberto Pereira

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Joaquina Soares 

em discurso directo


Joaquina Soares foi, no passado Sábado, dia 17 de Junho, entrevistada na Biblioteca Municipal de Setúbal, no espaço “A Casa da Poesia ConVida”. A conversa foi conduzida por Isabel Melo, membro da Direcção da Casa da Poesia.



Maria Joaquina Soares nasceu no Torrão, em Alcácer do Sal, mas é, reconhecidamente, uma setubalense ilustre e empenhada e uma personalidade incontornável da cidade de Setúbal, uma Arqueóloga de grande valor e poetisa com obra publicada de reconhecida qualidade. Lutadora empenhada, é conhecida pela sua inteligência, compromisso, abertura e simpatia, tendo tido nas suas funções como Directora do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), o seu principal espaço de intervenção cívica e cultural na cidade. Anfitriã, impulsionadora e divulgadora de importantes acontecimentos culturais, todos lhe reconhecem uma vida dedicada à arte e aos artistas, abrindo as portas do MAEDS aos novos valores das artes plásticas, colocando o Museu como polo aglutinador do que de melhor se vai mostrando em Setúbal no campo da arte contemporânea.


A poesia está-lhe na alma. A paixão na escrita. A sua obra poética é um reflexo incontornável da sua forma de ser e estar na vida. Apaixonada, interventiva, inconformada, Maria Joaquina Soares tem na sua obra poética um espaço complementar à sua actividade como arqueóloga, divulgadora das artes e activista dos direitos das mulheres.

Maria Joaquina Soares iniciou, em 1972, a sua actividade profissional como arqueóloga no Gabinete da Área de Sines e foi, em 1974, nomeada Directora do MAEDS, funções que agora deixa por limite de idade.

É extenso o seu currículo, que não cabe aqui enunciar por completo. Mas é obrigatório que se destaque do seu percurso a passagem pelo ensino académico como professora convidada de Arqueologia Pré e Proto-histórica e como professora convidada do Mestrado de Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. No campo da investigação, desenvolveu estudos no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, academia onde defendeu o seu Mestrado em Planeamento Urbano e Desenvolvimento Regional.

Possui mais de uma centena de títulos publicados na sua área de investigação e no domínio da escrita criativa, nomeadamente a poesia. É membro do grupo Synapsis, anfitriã, desde a primeira hora, na qualidade de Directora do MAEDS, da actividade artística que aquele grupo cultural de Setúbal vem realizando desde 2010.

Livre-pensadora, é uma activista contra as desigualdades sociais e as discriminações de género, credo religioso ou raciais.

 

Texto de Salvador Peres

Fotografias de José Alex Gandum


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Escrito nos Livros

Martin Amis – O Segundo Avião


Martin Amis escreveu pela primeira vez sobre o 11 de Setembro num artigo para o Guardian que começava assim: "Foi o advento do segundo avião, a adejar já baixo por cima da Estátua da Liberdade: foi esse o momento decisivo." Regressou ao tema regularmente com ensaios, críticas e dois contos notáveis: No Palácio do Fim e Os Últimos Dias de Muhammad Atta. Todos os textos estão agora reunidos neste volume - que inclui ainda um relato das viagens que fez com Tony Blair a Belfast, Washington, Bagdade e Basra - que a Quetzal publica para assinalar os 10 anos do atentado terrorista que mudou o mundo.

Quetzal, 2011


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Palavras que não mudaram o mundo

Não te venho contar histórias


Já não sei o caminho para contar histórias. As que fui contando - anos a fio - eram sempre a mesma história, contada de formas diferentes. Não inventei nada nem criei nada de novo: limitei-me a decorar a sala, alindando os móveis com adjectivos triviais. Por isso, hoje, não te venho contar histórias. Venho vazio e despido, inteiro e banalmente real, tal qual sou.

Salvador Peres


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Exposição

Do micro ao macro



 



Inaugurou, a 17 de Junho, na Galeria Municipal do 11, em Setúbal, a mostra coletiva de arte contemporânea sobre os conceitos do "Micro" e do "Macro", com obras de 13 artistas plásticos, reveladora da diversidade de abordagens artísticas.





Estão representados os artistas Alexina Zévi, Ana Isa Férias, Angela Miranda Penedo, António Galrinho, Dália Vale Rêgo, Eduardo Carqueijeiro, Eurico Coelho, Pedro Castanheira, Ricardo Crista, Rita Cascais, Rita Melo e Teresa Melo.



A exposição vai estar patente ao público até ao dia 16 de Setembro.

Texto de Salvador Peres

Fotografias de José Alex Gandum


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MAEDS

Ateliers de Verão


De 4 a 21 de julho, o MAEDS - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal vai realizar três ateliers para dar asas à imaginação durante as férias escolares.

"Entre Cores e Tramas" irá ocorrer de 4 a 7 de julho e será um espaço de liberdade para experimentação e criatividade. Vamos descobrir as obras da artista plástica 'Iffy', levando as crianças a explorar várias técnicas como pintura, desenho, colagens, esculturas em barro, tecelagem e fotografia.

De 11 a 14 de julho, iremos explorar "O Mundo dos Dinossauros" de uma forma divertida, onde as crianças poderão aprender sobre as várias espécies que existiram e realizar diferentes trabalhos de expressão plástica, baseados neste mundo dos dinossauros, incluindo a modelagem de fósseis.

Na última semana, de 18 a 21 de julho, o MAEDS terá o atelier "Histórias com Sombras e Luz", onde as crianças poderão criar suas próprias histórias e mostrá-las através da criação de personagens, marionetas, cenários e teatros de sombras.

Os ateliers serão realizados das 10h00 às 12h00 e estão limitados a 12 participantes por semana. Cada atelier tem o custo de 20,00 euros, incluindo o material necessário.

Os interessados devem efetuar a sua inscrição através do formulário online disponível em https://forms.gle/G4cgmmcvNFsL7MLB6, até ao dia 26 de junho.


Perspectivas para a valorização do Património Têxtil


No próximo dia 23 de junho, pelas 21h00, realiza-se no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal a conferência intitulada “Tecidos do passado inspiram o futuro: Perspectivas para a valorização do Património Têxtil português a partir da experiência da Acção COST EuroWeb – Europe through Textiles”.

Os oradores desta conferência, Catarina Costeira (UNIARQ-FLUL; CMSintra), Paula Nabais (LAQV-NOVA), Francisco B. Gomes (UNIARQ-FLUL) e Teresa Rita Pereira (UNIARQ-FLUL; CEA-MAEDS/AMRS) integram a equipa da Acção COST EuroWeb (CA19131), financiada pela COST – European Cooperation in Science and Technology, que desenvolve uma abordagem interdisciplinar e intersectorial à investigação centrada no património têxtil europeu. Esta rede pan-europeia tem o intuito de reescrever a história da Europa através do estudo dos têxteis, da tecnologia têxtil e da indumentária, ofertando um grande potencial para a valorização e internacionalização do património têxtil português. Pretende ainda amplificar o contributo social das ciências envolvidas, como a arqueologia, uma vez que o estudo das matérias -primas, técnicas e tecidos do Passado podem abrir novos caminhos para o futuro.

 

A entrada é livre.


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A música que se ouve por cá

Andreas Vollenweider


Já lá vão uns bons anos, quando no serviço militar, um companheiro de quarto me deu a ouvir Andreas Vollenweider. De imediato, e até hoje, fiquei rendido à sua música, acompanhando o seu trabalho e os seus variados álbuns.


Assim como, Enya, Kitaro, Vangelis, Yanni, Mike Olfield, Sakamoto, e tantos outros artistas da new age, surgidos nas duas ultimas décadas do século passado, este músico suíço rapidamente transcendeu as barreiras musicais. Nascido em Zurique, em 1953, e filho de um dos principais organistas da europa, Vollenweider cedo despertou para a música. Depois da viola, flauta e outros instrumentos, desenvolveu uma enorme paixão pela harpa, a qual transformou, electrificando-a  para atender às suas exigentes inspirações. A sua batida funk, influências pan-culturais exóticas e improvisações de harpa, cuja originalidade impressionaram os mais críticos, levam-no a correr a Europa e, depois, o resto do mundo.

Apesar do sucesso comercial e da pressão das editoras, consegue manter a sua integridade artística e visão.


Dos muitos álbuns já editados, destaco a “A Caverna Mágica“, que, para mim, é uma das suas melhores obras.

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Serenata de Coimbra 

na Igreja de S. Sebastião



1 de Julho, às 21h00

Serenata de Coimbra com a presença do grupo Raízes de Coimbra, um dos mais conceituados grupos de fados coimbrões. Participa também o grupo Coimbra no Sado. Reservas de bilhetes junto dos Amigos da Paróquia de S. Sebastião.

Telefones: 265 523 051 ou 929167 104

Endereço de email: geral@paroquiassebastiao-setubal.pt


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Na minha cidade há um Rio

Saudades de Tróia


Salvador Peres

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