Arrábida mostra-se em exposição no MAEDS
“A Espiritualidade da Arrábida”
inaugurou a 9 de Setembro
O Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS)
foi palco da inauguração, no passado dia 9 de setembro, da exposição temporária
"A Espiritualidade da Arrábida".
Presentes na cerimónia de abertura várias individualidades em
representação das entidades envolvidas na produção e apoio ao acontecimento:
Nuno Costa, em representação da Câmara Municipal de Setúbal e da Junta de
Freguesia de S. Sebastião; P. Casimiro Henriques, em representação da Paróquia
de S. Sebastião; António Melo, Isabel Melo e Joaquina Soares, curadores da
exposição.
A mostra conta com a participação dos pensadores Casimiro Henriques, Carlos Vale Rêgo, Frei Herminio Araújo, Isabel Melo, João Reis Ribeiro, Joaquina Soares, José António Chocolate, Lourenço de Morais, Maria Helena Mattos e Salvador Peres. E dos fotógrafos Alberto Pereira, José Alex Gandum, Carlos de Medeiros, João Completo, João Moura, José Canelas, Nazar Kruk e Rosa Nunes.
Inspirada nos poetas Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, e
no fotógrafo Américo Ribeiro, a exposição pretende explorar a relação entre a
natureza e a espiritualidade, bem como a influência da Arrábida na vida de
artistas e escritores.
No decurso da exposição haverá lugar à exibição de curtas-metragens
de Alberto Pereira e Carlos
Sargedas.
A exposição é integrada nas Comemorações dos 470 anos da Paróquia
de S. Sebastião e conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, Casa
Ermelinda Freitas, Associação Cultural Sebastião da Gama, Nuno de Mesquita
Pires, Synapsis e Arrábida Legend.
A curadoria é de António Melo, Isabel Melo e Joaquina Soares.
A organização pertence ao MAEDS/AMRS e Paróquia de São Sebastião
A entrada é gratuita.
A
exposição estará patente ao público até ao dia 7 de Outubro de 2023.
Horário: Terça a Sábado (9h00-1230/ 14h00-17h30)
Texto de Salvador Peres
Fotografias de José Alex Gandum
e-Vox em concerto na programação 50cuts
22 de Setembro - 21h00
SEXTA 22 Setembro 21h00
Filme-concerto e-Vox - “Itinerário – o meu
caminho até Sebastião da Gama”
O Poeta revelado nas dimensões do cinema e da
música
Escola Conde de Ferreira, Av. Luisa Todi, Setúbal
Entrada livre sujeita a capacidade do espaço
Inscrições:
50cuts. cinema@gmail.com
Org.: 50Cuts - UFS - Synapsis
Apoio: CMS - UFS
CENTENÁRIO
Natália Correia
“Por vezes fémea, por vezes monja, uma mulher de carisma paralisante.” Foi com estas palavras que Filipa Martins, jornalista e escritora, autora da biografia de Natália Correia [‘O Dever de Deslumbrar’, Edições Contraponto, 2023, 795 páginas] começou por descrever Natália Correia. E mais: `Intimidando pela verve de aríete e pela beleza, Natália Correia simbolizou, como poucos, as inquietações do século XX português. Precoce e radical no pensamento feminino, vítima de efabulações e de mitos, incompreendida e amada, lançou um olhar oracular sobre o seu tempo. Em tertúlias, que eram verdadeiras olimpíadas de confraternização lisboeta, o seu traço aglutinador envolvia, juntamente com o fumo dos cigarros, intelectuais e admiradores, que se irmanavam com párias e malditos em ideias e poemas de vanguarda”. Deslumbrante e carismática, atacou o antigo Regime na “moral caduca” deste, e elegeu o erotismo como arma política. Assim era Natália Correia, que faria 100 anos no próximo dia 13 de Setembro.
José Alex
Gandum
Léo Ferré nasceu a 24 de agosto de 1916, no Principado do Mónaco, onde passou parte da infância. Em 1925, foi enviado para um colégio, em Itália.
Em 1934, completou os estudos liceais, em Roma. Em
1939, completou o curso de Direito, em Paris e nos anos 40 começou a
escrever canções e a musicar poemas, que interpretava nos cabarés de Monte
Carlo. São dessa fase os temas "L'Inconnue de Londres" e
"Barbarie".
Em 1945, Ferré trabalhou na Rádio Monte-Carlo
como locutor e pianista, tendo conhecido artistas como Edith Piaf e Francis
Claude. Em 1950, compôs a ópera "La Vie d'Artiste", revelando o seu
talento de compositor. Em 1954, escreveu um oratório baseado na "Chanson
du Mal Aimé" de Apollinaire e, em 1956, publicou a antolologia
"Poètes?". Ferré participou nos acontecimentos de Maio de 1968, em
Paris.
Léo Ferré faleceu, a 14 de julho de 1993.
A escolha de Salvador Peres
***********
Palavras que não mudaram o mundo
Já lá não mora ninguém
Sombrio,
cosido com a parede de uma rua esconsa do bairro, Alcides Cedilha, o Balde
de Plástico, alcunha que lhe ficou por via de uns amigos da onça que assim
o crismaram por causa de umas falhadas experiências amorosas, segue na direcção
da rua onde ainda hoje está de pé a casa onde moraram os avós maternos. Já lá
não mora ninguém: nem os avós, que morreram há muito, nem uns primos que por lá
viveram depois. Não se vê vivalma: a casa está devoluta e fechada a sete
chaves.
A última das
três experiências amorosas de Alcides chamava-se Alda; foi graças a ela que
ganhou a alcunha. Prometiam os amigalhaços da onça, que gozavam com a sua falta
de jeito para segurar as raparigas com quem namorava, que ao terceiro falhanço
ganharia um balde de plástico. A Alda pô-lo a andar e a alcunha vingou: o
Alcides Cedilha ganhou o seu balde de plástico.
Salvador Peres
*******************
A não perder no MAEDS
Siga-nos
através de:
https://synapsis-synapsis.blogspot.com/
https://www.facebook.com/synapsis.setubal
Para
contactos: email synapsis11@gmail.com
Comentários
Enviar um comentário