e-Vox estreia temas de José Afonso
O
grupo e-Vox vai participar na abertura da exposição 'Do Nascer ao Pôr do Sol', tendo
sido convidado para apresentar uma versão instrumental do tema “Cantar
Alentejano”, de José Afonso. A banda, que vai actuar na sua versão
instrumental, com guitarra clássica e piano eléctrico, incluirá também na sua
apresentação dois temas vocais sobre as músicas “Canção de Embalar” e “Traz
outro amigo também”.
Esta
entrada na música de José Afonso é um prelúdio do projecto, totalmente
inspirado em muitos dos temas musicais do cantor, que o e-Vox se prepara para
apresentar ao público em Outubro deste ano.
Na exposição, que inaugura a 24 de Fevereiro, pelas 17h00, no MAEDS - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, vai estar patente uma recolha de testemunhos áudio de Augusto Flor, com sonoplastia de Ivo Reis, integrada nas Comemorações dos 50 anos do 25 de abril e na programação dedicada às mulheres.
A
mostra “Do Nascer ao pôr do Sol” traz à tona momentos de alegria, dor,
resistência e triunfo, captados pelo fotografo Pedro Soares, provocados pela
memória dos acontecimentos ocorridos em 1962, na Herdade de Palma, na luta dos
operários agrícolas pelas 8 horas de trabalho, levando-nos a refletir sobre a
resiliência do povo português e a importância de preservar e honrar sua
história. Para reforçar o peso da luta destes trabalhadores por melhores
condições de trabalho, e em particular das mulheres, este evento contará também
com a exibição da curta "Quem viu morrer Catarina, não perdoa a quem
matou" sobre Catarina Eufémia, realizado por Math is Good Studios.
Salvador
Peres
Ler Sebastião da Gama
Com Luís Filipe Castro
Mendes
SP
Absurdo e Humor na
obra de Camilo José Cela
Quando foi galardoado com o Prémio Nobel, em 1989, Camilo José Cela era já dono de uma vasta obra literária, iniciada em 1942 com “A família de Pascual Duarte”. O romance, a poesia e os livros de viagem foram as áreas privilegiadas de escrita do escritor Galego, nascido a 11 de Maio de 1916, em Iria Flávia, na província da Corunha.
Há muito que tinha na
minha estante “A Mazurca para dois mortos”, uma das obras de referência de
Camilo José Cela. O livro por lá jazia, esquecido. Até que, em 2023, um artigo
de jornal me fez despertar para a obra de Cela. O artigo referia-se a “A Colmeia”,
uma outra obra representativa do escritor. E acabei por o ler 35 anos depois de
o ter comprado.
Em boa hora o fiz, pois depressa
percebi o que estava a perder há tanto tempo. A acção de “A Mazurca para dois
mortos” passa-se na Galiza rural, durante a Guerra Civil de Espanha. Perpassa
pela obra uma grande violência física e sexual, numa linguagem em que as
palavras são escolhidas com um rigor e critério só ao alcance de um grande
escritor. Camilo José Cela imprime a este romance um ritmo e um vigor admiráveis.
É uma escrita hipnótica, vertiginosa, secreta, que parece caótica e confusa no
início, mas que se vai abrindo e expandindo numa luz cristalina à medida que
vamos entrando na história. Cela deixa-nos suspensos e reserva-nos um grand
finale para as últimas páginas do livro.
Para completar uma
trilogia de leituras de Cela, li recentemente “A Cruz de Santo André”, uma obra
publicada em 1994, cinco anos depois do autor ter recebido o Nobel da
Literatura. Desta vez, Camilo José Cela põe a falar três mulheres. Elas
dissertam, de forma provocante e absurda, recheada de humor e drama, uma
história de intriga, num complexo mosaico de uma beleza feérica, com uma
multidão de personagens que, numa torrente imparável, vão enchendo de magia as
páginas do livro.
Amado e odiado,
controverso, sempre em busca de novos caminhos para a sua narrativa, Camilo
José Cela, um dos maiores nomes da literatura universal, deixou uma vasta obra
de ficção narrativa e poética, literatura de viagem, diarística e de memórias.
O escritor faleceu a 17
de Janeiro de 2002, em Madrid.
Salvador Peres
Cultura - sugestões
25 de Abril de 1974
Exposição de fotografias de Alfredo Cunha
Integrada na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, está patente na Galeria Artur Bual, na Amadora, uma exposição de fotografia da autoria do fotojornalista Alfredo Cunha, então com 20 anos na altura da Revolução dos Cravos. As fotografias de Alfredo Cunha - e de outros fotógrafos - são um contributo essencial para compreender a história de Portugal dos últimos anos.
Galeria Municipal Artur Bual | Casa Aprígio Gomes
R. Luís de
Camões, 2 - Venteira, - 2700-535 Amadora
Horário: Terça-feira a sábado e feriados, das
10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 - Domingos, das 14h30 às
18h00 - Encerra à segunda-feira
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"A Mulher é uma Arma"
Homenagem às Mulheres de Abril
Vivianne, Ana
Bacalhau, Rita Redshoes e Rita Silveira vão prestar homenagem às Mulheres de
Abril. O concerto vai decorrer no dia 28 de Fevereiro no Teatro
Tivoli BBVA, em Lisboa.
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'ARY 40 ANOS'
Banda
d'Arrentela assinala 40 anos da morte de Ary dos Santos
A Banda
d'Arrentela, no concelho do Seixal, já tem actuado com nomes da canção
portuguesa, como Herman José há uns meses. Agora, a Banda convida os Irmãos
Feist para assinalar a morte de José Carlos Ary dos Santos que aconteceu há 40
anos. Os artistas vão interpretar as principais canções com letra de Ary dos
Santos. No dia 2 de Março, às 21h30, no Pavilhão da Torre da Marinha, Seixal.
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Marta Pereira da Costa apresenta novo trabalho discográfico
A guitarrista Marta Pereira da Costa, acompanhada pelo pianista cubano Viktor Zamora, pré-apresentou o seu novo disco, que vai ser lançado no Porto em Maio próximo. O concerto decorreu no auditório do Fórum Cultural do Seixal. A artista interpretou novos temas e recordou Carlos Paredes, Mário Pacheco e outros compositores, alguns internacionais, como George Gershwin ou Tom Waits.
José Alex Gandum
FICHA TÉCNICA
Coordenação Editorial de Salvador Peres e José Alex
Gandum
Textos de José Alex Gandum e Salvador Peres
Imagens de José Alex Gandum e Salvador Peres
Edição de Salvador Peres
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