O Erotismo na obra de Júlio Pomar
Decorreu no
passado dia 8 de Fevereiro na Galeria São Roque, em Lisboa, uma conferência
sobre 'O Erotismo na obra de Júlio Pomar', com a participação de um dos seus
filhos, Alexandre Pomar, e o investigador sobre o tema Bruno Marques. A
moderação da sessão esteve a cargo da jornalista do Expresso, Ana Soromenho.
O modo como o
corpo, o erotismo, a sensualidade e a sexualidade atravessaram o percurso do
artista ao longo de mais de 70 anos, com especial incidência nas décadas de
1960 e 1970, altura em que o trabalho de Júlio Pomar assumiu estes aspectos de
forma mais explícita, foram um dos aspectos referidos da sua obra muito
versátil e variada. Alexandre Pomar contou alguns episódios menos conhecidos
sobre o seu pai, como o facto de ter desenhado muitas obras no tempo que esteve
preso em Caxias antes do 25 de Abril de 1974, ou as suas muitas viagens entre
França - onde viveu muitos anos - e Portugal, em especial na zona onde se
estabelecia para pintar, desenhar e escrever, Cacela-a-Velha. Referiu ainda que
o pai destruiu muitas obras no final dos anos 60. Felizmente a maior parte
dessas obras tinha sido fotografada pela Fundação Calouste Gulbenkian, entre
outras curiosidades. Foi referido ainda que começa agora a ser divulgada a
faceta poética e de escritor do artista.
Uma exposição
de parte da obra erótica de Júlio Pomar está patente na Galeria São Roque, na
Rua de São Bento, em Lisboa, com entrada livre.
José Alex Gandum
Ler Sebastião
da Gama com Pedro Mexia
"O Sebastião da Gama intriga-me!". Foi assim que Pedro Mexia, conhecido escritor, poeta, cinéfilo, comentador televisivo, entre outras atribuições, começou por se referir a Sebastião da Gama na tarde do passado Sábado, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, onde foi o convidado para falar sobre o poeta da Arrábida num dos eventos que assinala o centenário do nascimento de Sebastião da Gama.
Pedro Mexia
referiu depois que o "enigma que é Sebastião da Gama" fica mais ou
menos "resolvido" com a leitura do seu 'Diário'. E
continuou, fazendo uma analogia entre Sebastião da Gama e muitos outros
escritores e até artistas: "Há qualquer coisa problemática, enigmática,
deslizante em observar o artista pela pessoa que ele era, porque quase toda a
gente que escrevia sobre Sebastião da Gama escrevia sobre a pessoa Sebastião da
Gama", referindo que David Mourão Ferreira, por exemplo, escreveu três
textos sobre Sebastião da Gama, sendo um deles 'O meu convívio com
Sebastião da Gama'. "Mas não está em causa discutir como era a pessoa mas
como isso era relevante para a sua obra, e como nos relacionamos com uma pessoa
que viveu há 70 anos".
A palestra contou com a moderação de Lourenço de Morais, Presidente da Associação Sebastião da Gama. No final da dissertação de Pedro Mexia, houve um período de debate com o público, onde, entre outras intervenções, se abordou a questão de até onde poderia ter chegado Sebastião da Gama se tivesse vivido mais anos e não morrido em 1952 com 27 anos.
O ciclo de palestras sobre Sebastião da Gama vai continuar com as seguintes sessões:
23.Fevereiro - Luís Filipe Castro Mendes (Museu do Trabalho, 18h30)
15.Março -
Viriato Soromenho-Marques (Casa da Cultura, 18h30)
10.Abril -
Guilherme d'Oliveira Martins (Salão Nobre CMS, 18h30)
José Alex Gandum
E no momento em que o comboio passou a fronteira, soube, tal como o patriarca Lot da Bíblia, que tudo o que estava para trás de mim era pó e cinzas, o passado petrificado em sal amargo.
Retiro esta frase de “O Mundo de Ontem”, um ensaio autobiográfico de Stefan Zweig. Em poucas palavras, o escritor deixa expresso nesta epígrafe toda a amargura, angústia e desalento que lhe invadia a alma ao deixar a sua terra natal, no momento em que as tropas de Hitler se preparavam para anexar a Áustria.
O “Mundo de Ontem” relata a época agitada entre as duas guerras que assolaram o mundo no século XX. É um olhar melancólico sobre um mundo que sofreu uma mudança drástica, com o foco na Viena e na Europa anteriores a 1914. Nesta obra maior, Zweig pinta um intenso retrato europeu dos tempos antes da guerra e da eclosão do nacional nacionalismo. Um notável depoimento de quem testemunhou e sofreu na pele os nefastos efeitos da guerra e da barbárie que acometeu a pessoa humana.
Salvador Peres
Exposição "Do
Nascer ao Pôr do Sol" no MAEDS
e-Vox
participa com música de José Afonso
No dia 24 de
Fevereiro, o MAEDS - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
irá apresentar a exposição temporária "Do Nascer ao Pôr do Sol", do fotógrafo
Pedro Soares.
Integrada nas
comemorações do cinquentenário do 25 de abril e das comemorações do MAEDS
Mulher, a mostra traz à tona momentos de alegria, dor, resistência e triunfo,
levando-nos a refletir sobre a resiliência do povo português e a importância de
preservar e honrar sua história.
(Participação do e-Vox com música de José Afonso, em versão instrumental)
Para recordar
e celebrar a conquista destes trabalhadores sobre a luta pelas oito horas de
trabalho no campo, este evento contará com a exibição da curta "Quem viu
morrer Catarina, não perdoa a quem matou" sobre Catarina Eufémia,
realizado por Math is Good Studios e momento musical pelo grupo e-Vox.
Evento
organizado pelo MAEDS em parceria com o MDM (Movimento Democrático de
Mulheres).
Salvador Peres
Ciclo
“Os Livros e os Filmes”
SÁBADO I 24 FEVEREIRO I 15h00
A 2ª edição do Ciclo de Cinema “Os Livros e os Filmes” tem início, este ano, com a exibição do filme de Ivo Ferreira “CARTAS DA GUERRA”, baseado no romance homónimo de António Lobo Antunes.
Duração: 1h45 | M/12
Sinopse – “António é incorporado no exército português para servir como médico no Leste de Angola. Longe de tudo o que ama, escreve cartas à mulher, cartas que o ajudam a sobreviver num cenário de crescente violência”.
Local: Biblioteca Municipal de Setúbal
Entrada:
1€
Organização:
50 Cuts
Apoio:
CMS I UFS
FICHA TÉCNICA
Coordenação Editorial de Salvador Peres e José Alex Gandum
Textos de José Alex Gandum e Salvador Peres
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