Pelo sonho e pelas pernas é que fomos

 


Pelo sonho é que fomos à Lapa de Santa Margarida... quer dizer, pelo sonho, mas especialmente pelas pernas pois o percurso a partir da frente da Casa do Gaiato, na estrada para o Portinho da Arrábida, e a entrada da Gruta puxava essencialmente pelo físico e pelo equilíbrio. Lá chegados, constantemente ladeados por aparentemente apetitosos, mas também espinhosos figos-da-Índia, houve um momento de poesia. O primeiro momento de poesia da manhã. A abertura para a entrada na Lapa de Santa Margarida "observava e ouvia" serenamente as palavras, perante um cenário de mar e céu debruado à esquerda, para quem estava virado para sul) por pedaços de rochas irregulares.




Chegou a hora de descer os degraus da entrada em direção primeiramente a um certo encadeamento (o Sol já estava forte) e depois a um grande deslumbramento. Não era preciso ser geólogo para ficar extasiado com o cenário; o tempo tinha sido criativo nas nuances de cores e misturas de tons e de rochas, umas mais pontiagudas, outras mais arredondadas. Nas aberturas para o mar - autêntica janela para o azul - o cenário fazia lembrar alguns filmes italianos, quiçá 'O Carteiro de Pablo Neruda'. O guia Nuno David contou - como uma história - factos sobre o local.





Depois da gruta, a próxima descoberta prendia-se com a praia de Alpertuche. Mais descidas até uma praia semi-privativa, de areia debruada com algumas rochas, com uma vista a perder de vista. Cenário ideal e idílico para os momentos de poesia, e foram vários os poetas recitados pelos melhores diseurs do Grupo: Fernando Pessoa, António Botto, Isabel Melo, Sebastião da Gama, - inevitavelmente - e uns outros tantos. 




E quando tudo termina em Poesia é sintoma que o resto do dia iria correr da melhor maneira. Última caminhada Synapsis antes do Verão - que se adivinha quente - e em Setembro estaremos de novo em busca de novas aventuras. Até lá!!!

 

José Alex Gandum


sYnapsis 2010-2024 - 14 anos ao serviço da cultura e da cidadania

 


Álbum Fotográfico de Anthero Seabra apresentado ao público

No passado dia 14 de Junho, teve lugar, na Biblioteca Municipal de Setúbal, a sessão de lançamento da obra “Álbum Fotográfico de Anthero Frederico Ferreira de Seabra Mota e Silva, Setúbal, em 1867”, uma edição da LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão.

A obra edita, em versão fac-similada, 17 das mais antigas fotografias de Setúbal, documento que constitui um precioso contributo para o resgate da memória da cidade e um real prazer para o olhar atento dos amantes da fotografia e das artes visuais. 


A sessão de lançamento, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, foi apresentada por João Reis Ribeiro e Joaquina Soares, e teve como oradores Francisco Borba, Diogo Ferreira e António Cunha Bento, autores dos textos.


Numa sala repleta de público foi-nos dado assistir a uma sessão de grande interesse histórico, inspirada pelas fotografias captadas pelo fotógrafo Anthero Seabra, ao tempo em que cumpriu serviço militar em Setúbal, em 1867, imagens essas que constituem um documento muito valioso para o conhecimento da cidade.  

 SP

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FICHA TÉCNICA

Coordenação Editorial de Salvador Peres e José Alex Gandum

 Textos de José Alex Gandum e Salvador Peres

 Imagens de José Alex Gandum e Salvador Peres

 Edição de Salvador Peres






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